Crise: D. António Vitalino incita cristãos a manter a esperança viva

Bispo de Beja lembra que missão principal da Igreja é fortalecer quem enfrenta situações delicadas

Beja, 02 abr 2014 (Ecclesia) – O bispo de Beja, D. António Vitalino refletiu hoje, na sua habitual nota semanal, sobre a falta de esperança com que muitas pessoas vivem atualmente, lembrando que mantê-la viva faz parte da missão da Igreja.

“Há muita gente a viver sem esperança. São mortos vivos. Por isso não apenas se diz que a esperança é a última coisa a morrer, mas também a primeira a nascer”, escreve na sua habitual nota semanal, enviada à Agência ECCLESIA.

D. António Vitalino explica que por isso a principal missão da Igreja e dos discípulos de Jesus Cristo, “enviados a curar os enfermos, consolar os tristes e anunciar a boa nova” passa atualmente por ajudar a “fortalecer a esperança nas situações de doença, de crises afetivas, familiares, sociais e económicas”.

“A oração da Igreja quer-nos ajudar a reanimar a nossa fé e abrir à confissão da fé aqueles que se preparam para ser admitidos ao batismo na noite de Páscoa”, acrescenta.

O bispo de Beja enaltece a importância das comunidades crentes ajudarem “as pessoas que procuram Deus na sua vida e se confrontam com muitas situações de sofrimento e de dor, a abrir-se à pessoa de Jesus, suas palavras, gestos e atitudes, a fim de descobrir aí uma nova possibilidade de relação para além do sofrimento e da morte”.

D. António Vitalino sublinha assim a importância da tarefa que os padres têm “de incutir a esperança ao povo” lembrando ainda que essa tarefa se estende a todos os cristãos que devem marcar presença também junto dos “profissionais de acompanhamento psicológico pois há causas que transcendem o nível psicológico”.

“Sem fé em Deus vai ser difícil manter e animar a esperança em muitas situações graves da vida”, sintetiza o prelado.

O bispo de Beja parte da análise dos textos que a liturgia da Igreja propõe para o quinto domingo da Quaresma, nomeadamente o evangelho em que se fala da morte e reanimação de um amigo de Jesus, Lázaro, para recordar que os cristãos devem “fazer o problema e a tristeza dos outros seus, comovendo-se e até chorando perante a dor de quem sofre, como Jesus”.

“Sem esta empatia, vão ser fúteis todas as outras palavras e gestos que possamos pronunciar ou ter. Até mesmo as frases piedosas soam a oco e revoltam quem sofre. O ministério da consolação passa pelo silêncio, emoção e lágrimas de solidariedade”, conclui.

MD

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