Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social comenta o documento «Serviços paroquiais de ação social para uma cultura da dádiva – indicações práticas»
Fátima, Santarém, 14 set (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social (CEPS) realçou hoje que é fundamental a criatividade para que se “criem novas formas de resposta a esse grande problema que é o flagelo do desemprego”.
D. Carlos Azevedo comentava as linhas do documento da Comissão Episcopal da Pastoral Social – «Serviços paroquiais de ação social para uma cultura da dádiva – indicações práticas» -, divulgado durante o 27.º Encontro da Pastoral Social, a decorrer em Fátima até quinta-feira.
O aumento do desemprego provoca outros problemas sociais e de carências na população: “solidão, famílias desagregadas e todo o drama aflitivo de pagamentos de renda, luz e agua”, disse.
Perante estes acontecimentos dramáticos, uma das soluções para superá-los – sublinhou D. Carlos Azevedo – passa pela “partilha o trabalho para que o futuro mais sóbrio, mais austero possa dar serenidade a todos”.
Algumas paróquias “descansaram depois de terem um centro social paroquial, agora um centro social e paroquial não é um serviço paroquial de ação social”, recordou o presidente da referida comissão.
A ação social abarca várias valências, mas a maioria dos centros sociais apostou nas áreas da infância e da terceira idade, perante estes dados as paróquias deveriam ter um “serviço paroquial de ação social” que possa “ser assumido pela caritas” porque “a caritas é uma estrutura da igreja para a pastoral da caridade”, referiu.
Os padres devem mobilizar os cristãos das comunidades para que em cada paróquia se crie um grupo que “dê corpo ao atendimento das pessoas e não só – como se diz no texto – ir ao encontro das situações e recolher as informações” para se ter “um verdadeiro quadro da real situação do país”, frisou D. Carlos Azevedo.
O trabalho em rede com outras instituições é fulcral porque “a Igreja não quer ser dona da ação social, quer participar, contribuir e responder às reais situações das pessoas”, salientou o presidente da CEPS.
LFS