João Wengorovius Meneses deixa alertas para consequências de cortes financeiros em programas sociais
Fátima, Santarém, 14 set 2011 (Ecclesia) – As comunidades “coesas, robustas e participativas” tornam mais fácil “a prática do bem comum”, disse esta manhã João Wengorovius Meneses, conferencista no 27.º Encontro da Pastoral Social, da Igreja Católica, subordinado ao tema «Desenvolvimento local, caridade global».
Nesta iniciativa – a decorrer em Fátima, Seminário do Verbo Divino, até quinta-feira – o orador abordou a temática «Desenvolvimento local, sustentabilidade, bem comum».
O caminho enraizado no local é “muito importante”, mas os “cortes financeiros” poderão comprometer os programas «Escolhas» ou o «Contrato Local de Desenvolvimento Social», referiu.
Nas comunidades “mais frágeis” o “mal-estar” poderá surgir e “traduzir-se em tumultos” – sublinhou João Meneses, da divisão de ação social da Câmara Municipal de Lisboa.
“Exigir mais dos políticos e mais inovação social da parte do Estado” foram duas propostas lançadas pelo conferencista às centenas de participantes.
Os recursos “endógenos” nas comunidades poderiam “ser usados em prol destas” na promoção da coesão social.
Para João Meneses, a crise “é sempre uma oportunidade para a inovação social”.
“Fazer mais com menos não é retórica nem demagogia”.
O encontro de Fátima conta com a participação do cardeal Dionigi Tettamanzi, que partilhará a experiência da diocese de Milão, Itália.
OC