Crise: Bispo do Porto pede resposta de «esperança» aos católicos

D. Manuel Clemente alerta para «profunda crise social e económica» do país

Porto, 21 abr 2011 (Ecclesia) – O bispo do Porto deixou hoje votos de que “cada comunidade cristã” consiga criar um “princípio de reposta” e a “fermentação da esperança” para a crise que atravessa Portugal.

Na homilia da Missa Crismal a que presidiu na catedral portuense, D. Manuel Clemente falou de uma sociedade “em profunda crise social e económica, que é também cultural e espiritual”.

“Como discípulos de Cristo, recuperemos o ânimo para ir até ao fim na resposta a dar, em rendição absoluta à vontade do Pai, para que o horto da agonia se transmude em jardim reencontrado”, apontou.

Aos católicos, acrescentou o prelado, compete “anunciar a boa nova aos pobres, aos pobres de todas as pobrezas, salutares e desejáveis, ou injustas e insuportáveis”, mas devem partir para essa tarefa com a convicção de que “a evangelização é obra divina, passando através daqueles que, em Cristo e no Espírito, cumprem a vontade do Pai”.

“Vinte séculos de cristianismo nos demonstram à saciedade que as únicas vitórias do Evangelho foram sempre protagonizadas pelo amor de Deus”, precisou.

O bispo do Porto dedicou parte da sua homilia à «Missão 2010», promovida pela diocese, destacando “o bom resultado de quanto foi ao encontro das pessoas” e as “urgências, em relação às famílias, aos jovens e à formação cristã em geral”.

Manuel Clemente deixou votos de que sejam promovidas, agora, “ações concretas, especialmente comunitárias e intercomunitárias, vicariais ou outras”.

“Porque não preparar, em cada um desses âmbitos, uma missão específica e situada, de zona ou setor? Pode pensar-se, por exemplo, em incidir à vez numa ou mais paróquias, continuando noutras e nos anos seguintes; ou num setor social ou cultural preciso, como o meio escolar ou laboral, ou a juventude, a família, os idosos e outros mais”, sugeriu.

Na celebração, a primeira de quinta-feira Santa, teve lugar a renovação das promessas sacerdotais, feitas pelos padres presentes, no dia da sua ordenação, e a bênção dos óleos utilizados na celebração dos sacramentos do Batismo, Crisma, Ordem (ordenações de padres e bispos) e Unção dos Doentes.

OC

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