Crianças com espaços próprios em Taizé

Comunidade acolhe famílias para experiências de fé

O espaço Olinda, dentro da comunidade de Taizé, está reservado a famílias. Subindo a rua principal de asfalto e passando no meio de casas e campos abertos ao silêncio, chegamos a este espaço que foi crescendo dando resposta aos desejos de as famílias viverem a fé conjuntamente, junto dos irmãos.

 

O espaço tem capacidade para cerca de 100 famílias. Enquanto os casais estão em partilha ou em reflexão bíblica, há jovens animadores que estão com os filhos em momentos de animação ou simples brincadeira.

 

A Agência ECCLESIA acompanhou, da parte da manhã, o trabalho de dois jovens que cuidam de crianças.

 

Ana Filipa Sousa encontra-se com as crianças entre os 3 e os 5 anos até ao meio dia. Esta jovem de 19 anos, veio da Marinha Grande para repetir uma experiência que traduz como “espectacular”.

 

Ana Filipa reconhece uma “magia” em Taizé. “É certo que começou com uma proposta do Irmão Roger, mas são as pessoas que possibilitam que, tudo o que aqui se vive, exista”. Lavar, cozinhar, limpar são actividade que dão sentido ao ser comunidade. “Nós somos Taizé. Deveríamos levar este espírito também para outros locais”.

 

A trabalhar no espaço Olinda, Ana Filipa explica que as actividades “pretendem passar valores às crianças. Esta manhã fizemos um jogo com uma corda, para que eles percebessem que sozinhos não a conseguiriam puxar”.

 

Esta é a forma de as crianças perceberem o que aqui se faz. “Este não é um espaço de férias normal. Pretende-se que as crianças também experimentem o que os mais velhos fazem, mas naturalmente, adequado à sua idade”. Entre actividades há também tempo para “brincar e se divertirem”.

 

Entre várias nacionalidades, a língua não é barreira para as brincadeiras conjuntas. Vêem-se crianças a passear de mão dada e a brincarem, mesmo sem perceberem uma palavra trocada.

 

[[i,e,396,Glen Siasat]]Glen Siasat viajou cerca de 15 horas para chegar a Taizé. É natural das Filipinas e está a viver uma experiência de três meses. Este professor primário é responsável pela animação das crianças da parte da manhã, num prolongamento da sua actividade profissional. A Agência ECCLESIA foi encontrá-lo a ensinar uma canção às crianças a partir dos cinco anos. “Fazemos animação e workshops. Cantamos e dançamos com eles e fazemos também pinturas para que identifiquem os elementos da criação”, explica.

 

Este jovem veio a Taizé a convite dos irmãos que se encontram nas Filipinas a trabalhar junto das populações mais pobres. O objectivo era que um responsável pela pastoral juvenil na sua diocese vivesse uma experiência de três meses na comunidade ecuménica, em França.

 

A nível pessoal Glen Siasat está a apreciar o estímulo espiritual que recebe em Taizé. “Quando estou na oração sinto a presença de Deus muito forte. É um grande momento de escuta”.

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