Angola acolhe XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo, nos 25 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
Luanda, 16 jul 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de Luanda, D. Filomeno Vieira Dias, afirmou que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) deve ter como base “princípios e valores” comuns e não apenas “interesses” pontuais.
O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) disse à RTP esperar que a XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo, neste sábado, reforce o “laço de união” entre povos com uma história comum, criando sinergias para “o desenvolvimento das diferentes sociedades”.
O responsável católico aponta a um “encontro de povos, assente em princípios e valores universalmente aceites”, promovendo “padrões” que criem uma comunidade de Estados e não apenas um “ajuntamento de interesses”.
Questionado sobre a pena de morte na Guiné Equatorial, D. Filomeno Vieira Dias desejou que “as estruturas do Estado possam estar assentes nestes princípios, garantindo a cada cidadão o respeito pela sua dignidade”.
O arcebispo de Luanda sustenta que a CPLP deve ser mais do que “um encontro de amigos, de saudades, de simpatias”, assumindo-se como “um instrumento forte para o reforço da natureza dos Estados que vêm desta tradição comum da lusofonia”.
O presidente da CEAST reúne-se, no contexto da cimeira, com Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa.
O chefe de Estado participa na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que se realiza entre hoje e amanhã, em Luanda, assinalando a celebração do 25.º aniversário da organização.
Na Cimeira de Luanda, que decorre no sábado, Angola assumirá a presidência rotativa da CPLP, sucedendo à presidência cabo-verdiana, com o lema “Construir e fortalecer um Futuro Comum e Sustentável”.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros que constituem esta comunidade.
OC