Porto, 12 mai 2020 (Ecclesia) – As visitas a Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) e Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), vão poder regressar a partir de 18 de maio, segundo indicação da Direção-Geral da Saúde.
Em informação enviada à Agência ECCLESIA, pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), lê-se que o retomar das visitas às ERPI e às UCCI deve-se “à evolução da situação epidemiológica” do novo coronavírus COvid-19 em Portugal e instituições como os visitantes devem cumprir diversos requisitos gerais e específicos.
As Estruturas Residenciais para Idosos e Unidades de Cuidados Continuados Integrados devem “acautelar” no momento da primeira visita que os profissionais “informam os familiares e outros visitantes sobre comportamentos a adotar” para “reduzir os riscos inerentes” da atual situação pandémica e disponibilizar “materiais informativos” – sobre a correta utilização das máscaras, higienização das mãos – nos pontos de entrada, e “disponibilizar produtos para higienização das mãos”.
A partir de 18 de maio, as instituições devem garantir que a visita decorre “em espaço próprio, amplo e com condições de arejamento, não devendo ser realizadas” na sala de convívio dos utentes ou no próprio quarto, “exceto nos casos em que o utente se encontra acamado”.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa também que as instituições devem, “sempre que possível, definir corredores e portas de circulação” apenas para as visitas.
Nos aspetos relacionados com os visitantes, por exemplo, lê-se que as visitas devem ser realizadas com “hora marcada e tempo limitado, que não deve “exceder 90 minutos”, e “devem respeitar um número máximo por dia e por utente”, numa primeira fase um visitante por utente, uma vez por semana.
A Direção-Geral da Saúde de Portugal assinala que se “devem incentivar e garantir” os meios para que os utentes das a Estruturas Residenciais para Idosos e Unidades de Cuidados Continuados Integrados, da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, possam comunicar com “os familiares e amigos através de videochamada ou telefone”.
A “suspensão de visitas” às instituições também pode ser determinada “por tempo limitado” após análise à situação epidemiológica específica (local ou da instituição), divulga a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.
O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) considerou hoje que 18 de maio “é a data certa” para a retoma das visitas aos lares com as devidas cautelas e apesar dos receios que possam existir.
Em declarações à Lusa, o padre Lino Maia, presidente da CNIS, disse que as orientações ditadas pela DGS são “exequíveis”.
“É importante que as visitas sejam retomadas porque os nossos idosos estavam desde dia 06 de março enclausurados. Com este regresso, com a reabertura das creches, com o regresso de alguma atividade, era importante que os idosos não se sentissem esquecidos, abandonados. Portanto, o regresso das visitas é de facto importante”, realçou.
CB/OC
