Covid-19: «Sem a música a vida torna-se mais vazia», afirma padre Vitor Silva que desafiou amigos para a gravação de videoclipe (c/vídeo)

«Palavras» foi o tema interpretado a partir do isolamento social

Lamego, 14 abr 2020 (Ecclesia) – O padre Vitor Silva convidou amigos para cantar o primeiro single “Palavras”, que publicou em 2009, reunindo 28 cantores em isolamento social num videoclipe de uma “música dinâmica” e que quer dar “energia positiva” para “tempos difíceis.

“O desafio foi colocado através das redes sociais, nos diretos no Instagram, em que me pediram para tocar e cantar a música com a viola. Aí surgiu a ideia: posso tocar e cantar, mas vamos fazer de outra forma… E pu-los a cantar”, disse o padre Vitor à Agência ECCLESIA.

O videoclipe foi divulgado esta semana e reúne amigos que o sacerdote da Diocese de Lamego “já não via” e “com quem já não falava há bastante tempo” com o objetivo de criar uma “corrente positiva”.

“É preciso criarmos com as pessoas uma corrente positiva, em tempos destes, tão difíceis”, afirmou.

O padre Vitor Silva disse que tem um novo trabalho pronto, um single com videoclipe já gravado, e foi buscar o primeiro single, de 2009, uma vez que as “pessoas conhecem mais”.

“Sem a música, a vida torna-se mais vazia. E a musica desperta-nos outros sentimentos”, lembrou.

O padre Vitor Silva é também pároco e disse que tem criado “dinâmicas a nível paroquial” e aposta “na família como primeira casa de oração e primeira Igreja”, revelando que não tem sido difícil chegar às pessoas.

No próximo Domingo, o II Domingo da Páscoa e Domingo da Misericórdia, o padre Vitor vai convidar as famílias a rezar o “Terço da Divina Misericórdia”, desafiando no final a “ligarem a outra pessoa para saberem como tem passado e depois rezarem um Pai Nosso, juntos”, convidando também a família que recebe a chamada a ligar a outra.

O sacerdote diz-se preocupado com os idosos que estão isolados, sem os filhos por perto, referindo que tem dialogado com os presidentes das juntas para manter a ligação com cada um deles.

“Que cada um de nós continue a persistir, a resistir, a insistir e a não desistir. Os tempos que continuam a chegar todos os dias não são nada positivos. Mas é como o Papa Francisco diz: são tempos de esperança, confinados às nossas catacumbas. Voltamos a ser a primeira Igreja, a Igreja doméstica e familiar”, afirmou.

Sobre a música, o padre Vitor diz que está a reunir ideias com amigos músicos e “vai surgir” um novo projeto.

PR

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Agência ECCLESIA

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