Trabalhadores cristãos em Portugal deixam mensagem de solidariedade a quem assegura funcionamento da sociedade
Lisboa, 24 mar 2020 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica (LOC/MTC) em Portugal defende, em nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, que a prioridade na atual pandemia do Covid-19 é travar a doença e, na Economia, “evitar despedimentos”.
“Esperamos que para todos, associações sindicais e patronais, a prioridade seja que se ponha freio à expansão do vírus, que se recupere as pessoas infetadas e que quanto ao trabalho, fazer tudo para evitar despedimentos e garantir os salários a quem se vê afetado por esta crise”, refere o texto assinado pela equipa executiva do Movimento de Trabalhadores Cristãos.
Os responsáveis falam em “tempos desafiantes”, que ultrapassam até as projeções mais pessimistas dos últimos anos, e elogiam o papel do Papa neste momento de crise, pela sua defesa dos mais desfavorecidos.
A LOC/MTC manifesta a sua solidariedade, de forma especial aos “profissionais de saúde e todos aqueles trabalhadores que continuam nos seus postos de trabalho”,
na maior parte dos casos “apenas ganhando o salário mínimo”, garantindo o funcionamento da sociedade.
“Neste momento a nossa esperança é que esta crise não seja de longa duração, o que voltaria a massacrar a classe trabalhadora. É preciso desde já também, apontar medidas e caminhos para que depois desta crise se tomem iniciativas para evitar a destruição de emprego e de empresas”, aponta a equipa executiva da Liga Operária Católica.
O texto admite que existe “muito receio” de despedimentos, entre os trabalhadores, e pede a quem os emprega que assumam “responsabilidades são acrescidas”, nesta pandemia.
“Vivemos numa sociedade envelhecida e ainda há muita gente de risco a trabalhar, ou seus familiares, que todos os dias voltam dos seus empregos com receio de trazer o vírus para casa e isto tem de ser resolvido por alguém”, acrescenta a nota.
A LOC/MTC conclui com um desafio aos católicos, para que façam da Quaresma um tempo de preparação para a Páscoa e para o compromisso de “estar do lado da solidariedade com os trabalhadores, que tanto vão precisar nos próximos tempos”.
OC