Marcelo Rebelo de Sousa destaca necessidade de «confinamento reforçado»
Lisboa, 21 jan 2021 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa disse hoje que a suspensão das Missas públicas, por parte da Igreja Católica, é uma “decisão muito sensata”, face ao agravamento da pandemia.
“Se todo o país está a fazer um esforço de confinamento reforçado, a Igreja Católica acompanha o esforço de todo o país”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou esta quinta-feira a suspensão das celebrações “públicas” da Missa, a partir de 23 de janeiro, na sequência do agravamento da pandemia de Covid-19 no país.
A decisão estende-se a “catequeses e outras atividades pastorais que impliquem contacto, até novas orientações”, refere um comunicado da CEP enviado à Agência ECCLESIA.
Segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde, nas últimas 24 horas, registaram-se mais 221 mortes devido à Covid-19; houve ainda 13 544 novos casos registados.
O agravamento do número de casos em Portugal do novo coronavírus levou o primeiro-ministro a anunciar hoje novas medidas para sistema de ensino, os tribunais e os serviços públicos; as escolas vão fechar por um período de 15 dias, sem aulas à distância.
A 14 de novembro de 2020, após participar na Missa pelas vítimas da Covid-19, promovida pela Conferência Episcopal, Marcelo Rebelo de Sousa tinha elogiado o “comportamento exemplar” da Igreja Católica durante a atual pandemia.
O chefe de Estado deu como exemplo as decisões de abdicar das celebrações públicas, no 13 de maio, e a forma como foi assinalado o 13 de outubro, com lotação limitada no recinto da Cova da Iria, considerando que “foram esforços muito grandes”.
“O que tem feito a Igreja Católica é verdadeiramente exemplar, de serviço a valores fundamentais e de serviço à comunidade portuguesa”, acrescentou.
OC