Covid-19: Presidente da Cáritas recebido por Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República recebeu também Isabel Jonet, dos Bancos Alimentares Contra a Fome, que falam do aumento de pedidos de alimentação

Foto Presidência da República/Lusa

Lisboa, 11 mai 2020 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa foi hoje recebido pelo presidente da República e afirmou à saída que, em pouco mais de um mês, 48 mil pessoas procuraram os centros diocesanos da instituição pela primeira vez.

Segundo Eugénio Fonseca, o aumento de pedidos de ajuda à Cáritas Portuguesa é de 40% e o perfil das pessoas que precisam de ser ajudadas corresponde ao da última crise económica e social em Portugal, que afetou sobretudo a classe média e média baixa.

“Antes as pessoas vinham procurar-nos para encontrar um novo posto de trabalho. Agora vem pedir alimentação”, afirmou o presidente da Cáritas à comunicação social.

Eugénio Fonseca disse que as respostas aos pedidos de ajuda estão a ser dadas a partir de um fundo próprio da Cáritas no valor de130 mil euros, sendo 100 para a alimentação e 30 mil para pagamento de faturas domésticas, estando a equacionar a realização de uma campanha de recolha de donativos.

O presidente da Cáritas lembrou que “ninguém sabe dizer quanto tempo é que vai durar” a necessidade de responder à emergência social provocada pela pandemia covid-19, sobretudo por causa do agravamento do desemprego.

“Há que equacionar recursos para darmos o mínimo de dignidade de vida às pessoas”, afirmou.

Eugénio Fonseca desafiou as pessoas a “não se resignarem”, procurando respostas “todos juntos” com “medidas mais estruturais” que “possam ir abrindo horizontes às pessoas”.

Esta tarde, o presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa recebeu também Isabel Jonet, presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra, que alertou para a “nova pobreza” que está a tingir muitas pessoas que ficaram sem emprego e que pela primeira vez precisam apoios sociais.

“Muitas das pessoas que hoje em dia precisam de ajuda eram totalmente autónomas, não dependiam de ninguém e hoje encontram-se pela primeira vez numa situação em que têm de depender, seja do estado, das prestações sociais, seja das IPSS.

PR

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Agência ECCLESIA

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