Pastoral da Arquidiocese de Manaus regista o “pior cenário da região pan-Amazónica”
Manaus, Brasil, 29 abr 2020 (Ecclesia) – A coordenadora da pastoral dos indígenas da Arquidiocese de Manaus, Marcivana Mawé, revela que a arquidiocese regista o “pior cenário da região pan-Amazónica”, que envolve nove países, e há negligência no atendimento.
“Todos esses povos estão muito vulneráveis ao Covid-19. Primeiro pela situação de extrema vulnerabilidade social em que vivem os nossos povos indígenas aqui em Manaus. Segundo: a gente tem o outro problema que é a política de saúde para os povos indígenas no Brasil”, afirmou Marcivana, divulgado pela rádio Vaticano.
A responsável adianta ainda que “os povos indígenas que vivem na cidade ficam descobertos dessa política” uma vez que não são identificados como tal.
Uma nota pública conjunta da Arquidiocese de Manaus, Copime, Sares e Olma solicita aos órgãos públicos a “obrigatoriedade para distinguir as populações que vivem em aldeias e no perímetro urbano de Manaus”.
A coordenadora da Pastoral dos indígenas da Arquidiocese de Manaus, que também faz parte da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), aponta ainda que a situação da saúde pública dos indígenas nesse contexto, visto que o Amazonas concentra a maior população indígena do Brasil, é “dramática” e “a mais fragilizada do país”.
“A nossa luta é para que haja uma divulgação desses dados oficiais, incluindo os indígenas que estão na cidade, não apenas os aldeados, como é a política da Sesai.”
SN