Covid-19: Penitenciária Apostólica alarga indulgência plenária pelos Fiéis Defuntos a todo o mês de novembro

Decisão visa evitar aglomerações nos cemitérios, por causa da pandemia

Foto: Lusa

Cidade do Vaticano, 23 out 2020 (Ecclesia) – A Penitenciaria Apostólica, da Santa Sé, emitiu hoje um decreto em que se alarga a todo o mês de novembro a possibilidade de obtenção de indulgências plenárias, pelos Fiéis Defuntos, numa medida preventiva face à situação de pandemia.

“Este ano, nas atuais contingências devidas à pandemia da Covid-19, as indulgências plenárias para os fiéis falecidos serão alargadas para todo o mês de novembro, com adequação dos trabalhos e condições para garantir a segurança dos fiéis”, informa o portal de notícias do Vaticano.

A tradicional indulgência plenária de 2 de novembro, estabelecida no âmbito da comemoração de ‘Todos os Fiéis Defuntos’, pode ser transferida para outro dia do mesmo mês para quem visitar uma igreja ou um oratório, rezando o Pai-Nosso e o Credo.

Em declarações ao ‘Vatican News’, o penitenciário-mor, cardeal Mauro Piacenza, destacou as inovações introduzidas pelo decreto “para evitar reuniões onde eram proibidas” e nas referências particulares em relação aos doentes e idosos, mas também aos sacerdotes.

No decreto, a Penitenciária Apostólica pediu aos sacerdotes, que o possam fazer, para se oferecerem para a celebração do sacramento da penitência/confissão e para administrarem a Comunhão aos doentes.

A indulgência é definida no Código de Direito Canónico (cf. cân. 992) e no Catecismo da Igreja Católica (n.º 1471) como “a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada”, que o crente obtém em “certas e determinadas condições pela ação da Igreja”.

Em Portugal, o Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o decreto que declara o dia 2 de novembro como dia de luto nacional, “como forma de prestar homenagem a todos os falecidos, em especial às vítimas da pandemia”, e anunciou a proibição de circulação entre concelhos de 30 de outubro até 3 de novembro, quando se celebram a festa de Todos os Santos (1 de novembro) e a comemoração dos Fiéis Defuntos (2 de novembro) -, falando num dever de “impedir ajuntamentos”.

CB/OC

Covid-19: Portugal vive dia de luto nacional pelas vítimas da pandemia, a 2 de novembro

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