Covid-19: Papa envia mensagem às famílias do mundo (c/vídeo)

Francisco recorda vítimas da doença e da solidão, agradecendo aos «heróis de todos os dias»

 

Cidade do Vaticano, 03 abr 2020 (Ecclesia) – O Papa enviou hoje, através do YouTube, uma mensagem às famílias de todo o mundo, num momento “difícil” por causa da pandemia de Covid-19, recordando as vítimas da doença e da solidão.

“É um momento difícil para todos nós. Para muitos, dificílimo. O Papa sabe disso e, com estas palavras, quer expressar a todos a sua proximidade e o seu afeto”, refere Francisco, numa mensagem divulgada pelos canais da Santa Sé e transmitida no telejornal da RAI.

A mensagem fala de uma situação “insólita”, marcada por “dificuldades e de sofrimentos” para as famílias, obrigadas ao isolamento, aos que perderam familiares e amigos, quem vive só, os presos e os sem-abrigo.

Nestes dias penso muitas vezes nas pessoas sós, para quem é mais difícil enfrentar estes momentos, e em especial os idosos, que me são tão queridos”.

O Papa deixa uma palavra de encorajamento aos “heróis de todos os dias e de todas as horas”, que estão na linha da frente no combate à pandemia e para garantir os serviços essenciais à sociedade.

“Lembro ainda os que passam por dificuldades económicas e estão preocupados com o emprego e o futuro”, assinala.

A mensagem convida a utilizar da “melhor forma possível” este tempo, praticando a generosidade seja através de gestos concretos, como ajudar os vizinhos, seja através de um contacto telefónica ou através das redes sociais com quem está só.

“Mesmo isolados, o pensamento e o espírito podem ir longe com a criatividade do amor. Isto é necessário hoje: a criatividade do amor”, sustenta.

Para as comunidades católicas, que vão viver uma Semana Santa diferente, à porta fechada, Francisco deixa uma mensagem de esperança: “No silêncio das nossas cidades ressoará o Evangelho da Páscoa”.

“Esta fé pascal nutre a nossa esperança. Gostaria de partilhá-la convosco esta noite. É a esperança de um tempo melhor, para sermos melhores, finalmente libertados do mal e desta pandemia”, aponta.

Francisco conclui com um pedido a todos os espectadores, pedindo “um gesto de ternura por quem sofre, pelas crianças, pelos idosos”.

OC

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Agência ECCLESIA

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