Francisco lembrou os «nós de egoísmo e de indiferença, nós económicos e sociais, nós de violência e de guerra»
Cidade do Vaticano, 31 mai 2021 (Ecclesia) – O Papa Francisco encerrou hoje a maratona de oração pelo fim da pandemia, com a recitação do terço diante de Nossa Senhora, “desatadora de nós”, nos Jardins do Vaticano.
“São tantos os nós que nos sufocam em torno da nossa existência e amarram as nossas atividades: São nós de egoísmo e de indiferença, nós económicos e sociais, nós de violência e de guerra”, disse Francisco no início da oração.
O Papa apresentou cinco intenções de oração, cinco “nós” para desatar: nos relacionamentos humanos, por causa da solidão e da indiferença; o desemprego; a tragédia da violência, “que tantas vezes é vivido entre paredes de casa e das tensões sociais como resultado da injustiça e da falta de solidariedade”.
O quarto nós foi dedicado ao desenvolvimento humano, para que “que nos campos da medicina e da saúde cesse o egoísmo, que leva apenas a interesses económicos, que a conquista da pesquisa cientifica seja património de todos sobre tudo os mais pobres e fracos”; e terminou a rezar pelo regresso da vida pastoral nas comunidades e que “toda a Igreja seja animada pela coragem de ser sempre em saída, contra a indiferença desenfreada”.
Jovens da Ação Católica, famílias recém-casadas, à espera do nascimento de um filho e uma família de surdos onde nasceu uma vocação religiosa, no último mistério, rezaram o terço.
No final, o Papa coroou a imagem de Nossa Senhora, “desatadora de nós”; O ícone que retrata esta representação particular está localizado em Augsburgo, Alemanha, e consiste num óleo sobre tela do pintor alemão Johann Georg Melchior Schmidtner.
A celebração do Rosário começou com uma procissão solene, liderada pelo bispo de Augsburgo, que levou o ícone da Virgem Maria que desata os nós e contou com a participação das crianças que receberam a Primeira Comunhão na Paróquia de Santa Maria della Grotticella, de Viterbo, de adolescentes crismados da paróquia de São Domingos de Guzmán, um grupo de escuteiros de Roma, famílias e religiosos.
Os jovens da Associação São Pedro e Paulo levaram o ícone de Nossa Senhora, acompanhados pela Guarda Suíça e a Gendarmaria do Vaticano e a procissão foi animada pelo coro da Diocese de Roma e pela Banda de Arcinazzo Romano.
O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (Santa Sé) explicou que o Papa “sempre demonstrou uma forte devoção a esta imagem e difundiu o culto, principalmente em Buenos Aires e na Argentina”.
“A pintura retrata a intenção de Nossa Senhora de desatar os nós de uma fita branca esticada por dois anjos, rodeada por cenas bíblicas que remetem simbolicamente a imagens de esperança, misericórdia e vitória sobre o mal”, acrescentou num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Francisco vai receber uma cópia da Virgem Maria que desata os nós, oferecida pelo bispo de Augsburgo, D. Bertram Johannes Meier.
A oração foi transmitida em direto pelos canais do Vaticano e contou com a participação de santuários marianos de vários países, como França, Alemanha, Ruanda, Chile, Espanha, Escócia, Paraguai, Itália.
A “maratona de oração” que passou passa por santuários marianos dos cinco continentes, entre eles o de Fátima, que acolheu a oração do terço a 13 de maio, na Capelinha das Aparições, com transmissão Mundial, começou no dia 1 de maio, com a presidência do Papa, na Capela Gregoriana, na basílica de São Pedro.
OC/CB/PR
Covid-19: Santuário de Fátima foi «capital» da oração mundial pelo fim da pandemia (c/vídeo e fotos)