Francisco aponta o dedo a usurários que tiram partido das dificuldades económicas da população
Cidade do Vaticano, 23 abr 2020 (Ecclesia) – O Papa denunciou hoje no Vaticano o que qualificou como “pandemia social” da exploração dos mais pobres, sublinhando em particular a cobrança excessiva de juros a quem passa por dificuldades económicas.
“Em muitos lugares, sente-se um dos efeitos desta pandemia: muitas famílias em situação de necessidade, passam fome, e, infelizmente, a ajuda chega de um grupo de usurários. Esta é outra pandemia: a pandemia social”, referiu Francisco, no início da Missa a que presidiu esta manhã na Capela da Casa de Santa Marta, com transmissão online.
A intervenção realçou que, por causa do isolamento social e das medidas de confinamento, para travar a propagação do novo coronavírus, há “famílias de trabalhadores informais ou, infelizmente, de pessoas que têm um trabalho irregular, que não podem trabalhar e não têm o que comer”.
“Depois os agiotas tiram deles o pouco que têm. Rezemos. Rezemos por estas famílias, pelas muitas crianças destas famílias, pela dignidade destas famílias; rezemos também pelos agiotas: que o Senhor toque o seu coração e se convertam”, apelou.
A Missa concluiu-se com a adoração e a bênção eucarística.
OC