Orientações pedem que se limitem cantores ao estritamente necessário
Lisboa, 29 jun 2020 (Ecclesia) – As normas para a dinamização musical das celebrações católicas, após o desconfinamento, sugerem que as igrejas tenham um “número adequado de cantores”, considerando o espaço disponível.
O tema fazia parte das Orientações da Conferência Episcopal Portuguesa, de 8 de maio de 2020, e vários organismos diocesanos têm deixado sugestões para a sua aplicação.
O Secretariado Diocesano da Liturgia do Porto destaca que é necessário levar em conta “as regras de distanciamento” e que, sempre que este não esteja garantido, se “justificam as máscaras de proteção”, particularmente quando se fala ou canta.
“Em vez de coros ou grupos de cantores, procure assegurar-se o mínimo para que não haja celebrações dominicais e festivas privadas de uma expressão musical «básica»”, indica o organismo.
Como sugestão, deixa-se a proposta de formar um grupo com um organista e um a três cantores, para este “serviço mínimo”, com rotação dos membros dos coros, abstendo-se de propostas corais e polifónicas.
A desinfeção das mãos, após contacto com as partituras, é outra indicação.
Segundo a nota do Secretariado Diocesano da Liturgia do Porto, “aceita-se e pode até recomendar-se o uso do coro alto quer para minimizar as possibilidades de contágio pela emissão de gotículas e aerossóis, quer para maximizar a projeção acústica das vozes”.
Por outro lado, face à obrigatoriedade do uso da máscara pela assembleia, “não há motivo para excluir a participação desta pelo canto”.
O Departamento de Liturgia do Patriarcado de Lisboa, por sua vez, destacou o número crescente de casos de infeção na Área Metropolitana, pedindo que “os coros litúrgicos reforcem as medidas de segurança a fim de conter a propagação de contágios”.
“O ideal será reduzir a participação dos elementos do coro ao número estritamente necessário, ao menos até que sejam ultrapassadas as presentes situações de contingência ou de calamidade (consoante as zonas). O mesmo apelo se aplica aos demais serviços litúrgicos, nomeadamente aos grupos de acólitos”, desenvolveu, em comunicado.
PR/OC