Covid-19: No Centro Social de São João das Lampas, «maior preocupação é o lar» (c/vídeo)

José António Parente fala de exaustão de funcionários residentes e de maior número de pedidos de apoio

Lisboa, 01 abr 2020 (Ecclesia) – O Centro Social Paroquial de São João das Lampas, no Patriarcado de Lisboa, “tem grande preocupação com o lar” e conseguiu uma equipa residente”, nesta fase de pandemia da Covid-19.

“O lar é a nossa maior preocupação, conseguimos alguns funcionários que estão aqui a residir, temos esta equipa em permanência, com turnos de 12 horas, estão exautos, e vão ser rendidos por outros, que não sabemos como vêm, apesar de alertados para terem cuidados, o perigo agora é o vírus vir de fora”, refere José António Parente à Agência ECCLESIA.

O responsável afirma que têm encontrado soluções e que “cada meio dia é uma vitória, é uma interrogação permanente que paira”.

Quanto à gestão da instituição, José António Parente indica que têm mantido um “padrão e nível de trabalho sem se pensar muito na situação” e como a área da infância não está a funcionar, “tem usado a cozinha para apoiar o apoio domiciliário” e assim “procuram isolar o lar e serviços” o mais possível. 

O entrevistado “ainda não tem informações” quanto aos testes de Covid-19, anunciados pelo Governo, e teme pelos tempos futuros.

“Provavelmente, inclusive as próprias famílias que a apoiávamos, na área da infância, creche e ATL, essas famílias vão dizendo que se continuar esta situação têm de recorrer a apoios, alguns profissionais deixaram de poder exercer e os rendimentos não aparecem”, constata.

José António Parente confessa que a gestão da instituição não é fácil e que os pedidos de apoio alimentar têm aumentado.

Têm aparecido mais pessoas a solicitar o apoio, nomeadamente o apoio alimentar, há aqui algumas situações na comunidade de estrangeiros, pessoas que chegaram mesmo há pouco tempo, e estão ainda sem trabalho e desprovidos de tudo”.

O responsável da instituição fala de situações de “pessoas com promessas de trabalho precoce e que depois não se concretizaram”, dada a pandemia muitos foram “rescindindo e as pessoas não chegaram a receber ordenado ou foram mesmo despedidas”.

O “apoio do Banco Alimentar de Lisboa e da Câmara Municipal de Sintra” ao centro social faz com que “seja garantido o apoio”.

HM/SN

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