D. Jorge Ortiga apela a reflexão sobre a vivência da Quaresma, Semana Santa e Páscoa, após novo confinamento
Braga, 14 jan 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga apelou aos católicos da diocese para que sejam “cumpridores escrupulosos de tudo quanto é determinado” na sequência do novo confinamento em Portugal por causa da Covid-19, alertando para eventuais “sinais de desleixo”.
“Consciente das responsabilidades que nos competem, convido a que não permitamos sinais de desleixo motivados pelo cansaço ou por nos parecer que as coisas poderiam funcionar de outro modo. Seremos cumpridores escrupulosos de tudo quanto nos é determinado”, escreve D. Jorge Ortiga, num documento publicado online.
A nova nota pastoral surge na sequência do novo confinamento em Portugal, que começa às 00h00 desta sexta-feira.
O arcebispo de Braga assinala que devem ser encontrados “processos para testemunhar proximidade com todos”, apesar das limitações à atividade presencial.
O novo confinamento, anunciado esta quarta-feira, permite a celebração de cerimónias religiosas, de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS), explicando que “as diferentes confissões já se organizaram” para que as celebrações “possam ocorrer de forma segura e sem perturbações”.
“Se teremos a possibilidade de participar nas Eucaristias, determino que evitemos outras celebrações que possam provocar ajuntamentos de pessoas fora do âmbito litúrgico”, explica D. Jorge Ortiga, indicando que casamentos e batizados “devem ser adiados” e os funerais “merecem um cuidado muito especial”.
O responsável sublinha que as celebrações, mesmo com restrições, “nunca devem estar privadas de sinais variados de presença do pároco e das comunidades”.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) determinou esta quinta-feira a suspensão ou adiamento das celebrações de Batismos, Crismas e Matrimónios, face à “gravíssima situação” provocada pela pandemia, num comunicado do seu Conselho Permanente.
Na nota pastoral ‘Ser Igreja em tempo de pandemia’, o arcebispo de Braga pede também que se comece “já, a discernir, sinodalmente”, como vão realizar “a caminhada quaresmal e particularmente a celebração da Semana Santa, com a vivência pascal, também através do Compasso”.
“Poderemos não o celebrar com as tradições. Encontraremos modos de vivenciar a ressurreição de Cristo em ambiente festivo”, adianta.
D. Jorge Ortiga recorda que a Arquidiocese de Braga tem um programa pastoral que “não pode ser esquecido” e afirma que querem “ser uma Igreja sinodal”, isto é, que caminham juntos, também nos “caminhos digitais” para que a comunhão “não esmoreça, mas se solidifique sempre mais” e incentiva as comunidades a “mostrar uma nova vitalidade” no confinamento.
CB/OC
Covid-19: Novo confinamento permite cerimónias religiosas, de acordo com normas da DGS