Lisboa, 28 mai 2020 (ECCLESIA) – O médico Rui Portugal defende que a Igreja deve apostar mais nas celebrações ao ar livre, onde podem participar mais pessoas e o risco de contágio é menor.
Com o “tempo fantástico que existe em Portugal” ter um número “maior” de celebrações ao ar livre é “uma boa ideia”, disse este profissional de saúde à Agência ECCLESIA.
Para o especialista, o regresso às celebrações é, do ponto de vista da saúde pública, “aconselhável e, certamente, que é seguro”, sempre sem “facilitar”.
Em relação ao cuidado que as pessoas devem ter na participação comunitária da Eucaristia, Rui Portugal refere que o “bom senso” deve predominar e as pessoas doentes ou com sintomas “não devem ir às celebrações, nem a lado nenhum, mas ficar em casa”.
As pessoas “mais vulneráveis” também devem evitar as celebrações ou então cumprir o chamado “afastamento físico”, porque “proteger-se a si e aos outros é uma boa ideia”.
“Os locais fechados não são bons em termos de segurança” por isso, defende um arejamento “antes e depois da celebração”.
O médico e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa realça também que a higienização das mãos é o “grande segredo” para evitar o contágio.
Nas celebrações em espaços fechados “a utilização da máscara” é fundamental, mas o que deve predominar é “o bom senso”.
Dentro das igrejas, a ideia é que “a circulação seja feita num único sentido”.
“Cuidado com os aglomerados à entrada e saída da igreja”, alerta.
Nos tempos atuais existem “duas epidemias”, a da Covid-19 e a do medo, realça o especialista em Saúde Pública.
A “epidemia do medo, provavelmente, é maior que a outra”, acrescenta Rui Portugal.
PR/LFS/OC