Padre Eduardo Mendes confessa que «nunca imaginou viver tal situação»
Sabugal, 31 mar 2020 (Ecclesia) – O padre Eduardo Mendes, arcipreste do Sabugal, na Diocese da Guarda, disse hoje à Agência ECCLESIA, que é muito difícil adaptar-se à realidade de celebrar “funerais restritos”, durante a pandemia de Covid-19.
“Já fiz quatro funerais em tempo de pandemia e é muito difícil, nunca imaginei tal situação e a seguir comprometo-me logo a celebrar Eucaristia pela pessoa que está a sepultar”, relata.
Nos funerais que celebrou, “nenhum por causa de Covid-19”, as celebrações foram “restritas”, seguindo as orientações do bispo diocesano, D. Manuel Felício, e também as indicações das juntas de freguesia, que limitam a participação “a dez pessoas nos cemitérios”.
O padre Eduardo Mendes, tem seis paróquias à sua responsabilidade, com “população muito envelhecida e nesta zona do interior”, admite que “nunca imaginou viver tal situação”.
“É difícil adaptar-se a esta novidade que ninguém estava à espera, uma realidade difícil de ultrapassar, mas há que tirar ensinamentos”, aponta.
“A falta que Deus nos faz e que a vida comunitária nos faz… Não damos a devida importância à celebração da fé em comunidade e este pode ser um ensinamento a refletir para o futuro”.
Apesar da situação de emergência que o país vive nesta zona do interior, na Diocese da Guarda tem sido tempo de ver chegar os emigrantes às aldeias.
“Há um fluxo grande de emigrantes, não tanto como noutros anos, mas já se vai notando gente a chegar, nesta zona que é de muita emigração, nas minhas paróquias, concretamente”, afirma.
SN