Covid-19: Diocese do Porto recorre ao «lay-off» para funcionários e membros do clero

Ecónomo justifica decisão com quebra abrupta nas receitas

Foto: Diocese do Porto/João Lopes Cardoso

Porto, 29 abr 2020 (Ecclesia) – O ecónomo da Diocese do Porto informou hoje a decisão de recorrer ao “lay-off” para colaboradores e elementos do clero, face à quebra abrupta nas receitas devido ao estado de emergência provocado pela pandemia.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o padre Samuel Guedes refere que “diversas paróquias e outras Instituições canónicas ficaram totalmente privadas das suas receitas”, o que motivou a decisão.

A afluência de pessoas aos seus serviços, e a suspensão das atividades de culto, deixou de permitir a perceção das receitas habituais, e a mesma entendeu que, até mesmo por razões de equidade, uma parte dos seus colaboradores ficasse abrangido pelo regime do Lay-off simplificado.

A decisão diz respeito a colaboradores e a membros do clero que estão “ao serviço quer das estruturas da diocese, quer de qualquer uma das Fábricas da Igreja” responsáveis pelas paróquias, “cujos direitos e deveres, neste contexto, são iguais aos de qualquer outro trabalhador”.

A nota esclarece ainda que “a decisão de cada Paróquia foi autónoma e, naturalmente, decorrente das suas particulares circunstâncias”.

O ecónomo indica que a Diocese espera que, “rapidamente, se vejam reunidas as condições para que a vida dos cidadãos retome a sua normalidade”, assumindo o objetivo de que “as estruturas consigam ultrapassar este momento de crise de saúde pública” e possam “garantir aos seus colaboradores as habituais condições de estabilidade”.

Já na última semana, o ecónomo da Diocese de Angra, cónego António Henrique Pereira, tinha adiantado que mais de meia centena de sacerdotes da diocese de Angra poderiam aderir ao regime de “lay off”, devido à quebra de receitas na sequência da pandemia de Covid-19.

Segundo o portal ‘Igreja Açores’, estão em condições de requerer este regime social 57 das 165 paróquias do arquipélago.

“Para a maioria das paróquias a única fonte de receita que têm são as ofertas, os contributos ou os donativos que os fiéis fazem e as coletas que fazem nas próprias celebrações”, indicou o cónego António Henrique Pereira, pároco na Ribeirinha, na ilha Terceira.

Por decisão da Conferência Episcopal Portuguesa, as celebrações comunitárias das Missas estão suspensas desde 13 de março.

OC

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