Covid-19: D. Rui Valério destaca papel dos militares no apoio à população

Bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu à Missa do Dia da Força Aérea

Foto: Força Aérea Portuguesa

Lisboa, 28 jun 2020 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu hoje em Lisboa à Missa do Dia da Força Aérea, na qual destacou o papel dos militares no combate à pandemia de Covid-19 e no apoio à população.

“Desde a primeira hora que as Forças Armadas revelaram estar à altura do novo padrão de vida instaurado pelas novas circunstâncias. Quando as diversas comunidades, tanto nacionais como internacionais, se depararam com a iminente ameaça e foi preciso improvisar, enquanto se mergulhava no confinamento, a Força Aérea respondeu com atitude, com ação e com caráter”, assinalou D. Rui Valério, na homilia da celebração, com transmissão televisiva.

A Eucaristia na igreja da Força Aérea, em São Domingos de Benfica, contou com a presença do chefe de Estado Maior da Força Aérea, general Joaquim Borrego e de um grupo de convidados, em respeito pelas normas que se aplicam às celebrações religiosas, no atual contexto pandémico.

“Hoje celebramos o dia da Força Aérea Portuguesa. Fazemo-lo num contexto que é, ao mesmo tempo, singular e trágico pela força e amplitude com que a pandemia da Covid-19 atingiu Portugal e o mundo”, referiu D. Rui Valério.

O responsável católico falou desta crise como “um vendaval que se abateu sobre o mundo”.

“É certo que não o derrubou, mas fê-lo rodopiar sobre si mesmo pondo à mostra os seus alicerces. Também em Portugal os tempos recentes expuseram os pilares que o sustentam. E, apraz-nos constatar, que de entre esses alicerces se destacam as Forças Armadas, logo a Força Aérea”, acrescentou.

Na turbulência dos dias, onde muitas vezes imperaram dúvidas e incertezas, vimos emergir, os Militares e civis da Força Aérea, como sustentáculo seguro, sólido e firme. Por um lado, a sustentar o peso do combate ao perigo iminente e a lutar para que nenhuma carência afetasse Portugal e os portugueses, e, ao mesmo tempo, a conferir segurança e tranquilidade aos cidadãos.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança destacou os gestos de “solidariedade e auxílio a quem necessitasse” que se multiplicaram neste período, elogiando ainda, no caso da Força Aérea, um “planeamento que foi escrupulosamente seguido e levado à prática”.

“Neste momento, em Portugal, as Forças Armadas são uma instituição capaz de conduzir o combate nacional à pandemia e das poucas em condições de o fazer de forma global e sem compromissos ideológicos”, apontou.

A homilia destacou o papel da Força Aérea em áreas como o transporte de órgãos ou o combate aos incêndios, além da vigilância do espaço aéreo.

Foto: Força Aérea Portuguesa (imagem de arquivo)

A reflexão de D. Rui Valério realçou os valores cristãos do “primado da vida e a prontidão da hospitalidade”, considerando-os centrais para o momento atual.

“As barreiras sociais, políticas e económicas que existem e teimam em subsistir no mundo, derivam das fronteiras e das barreiras próprias da terra e do tempo, mas quando tudo é vivido na senda da eternidade, então essas barreiras deixam de existir, assim como se ultrapassam as divisões”, sustentou.

A homilia concluiu-se com uma intercessão a Nossa Senhora do Ar, para que “proteja Portugal e a Força Aérea”.

OC

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Agência ECCLESIA

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