Desinfeção, máscara e lugares marcados entre as normas para a abertura das igrejas e a participação nas Missas, ficando de fora a possibilidade de realizar procissões
Funchal, 08 mai 2020 (Ecclesia) – O bispo de Funchal anunciou hoje o regresso das celebrações comunitárias das Eucaristias para o dia 9 de maio, este sábado, e publicou as normas para a participação na Missa e para a visita às igrejas “para a oração pessoal”.
“É com grande alegria que, depois de ter dialogado com o Governo Regional, vos posso hoje anunciar que, a partir do próximo dia 9 de Maio, as igrejas das nossas Ilhas da Madeira e Porto Santo poderão, de novo, abrir as suas portas para acolher as celebrações comunitárias da Eucaristia e para a oração pessoal dos fiéis”, afirma D. Nuno Brás.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o bispo do Funchal diz que “é o possível para os tempos mais próximos”, tendo em conta os constrangimentos que a Covid 19 impõe, publicando um conjunto de “normas para a abertura quotidiana das Igrejas” e para a “celebração comunitária da Eucaristia.
40 minutos é o tempo indicado para celebração comunitária das Eucaristias nas atuais circunstâncias, “apenas na igreja paroquial, reitorias ou oratórios de comunidades religiosas”, onde um “grupo responsável pelo acolhimento” cuida da admissão de apenas “1/3 da capacidade do lugar de culto”, em lugares marcados.
Sobre as celebrações litúrgicas, a Diocese do Funchal indica que “o diálogo individual da comunhão (“O Corpo de Cristo” – “Amen”) pronunciar-se-á de forma coletiva depois da resposta “Senhor, eu não sou digno…”, distribuindo-se a Eucaristia em silêncio”, que “deve ser dada na mão”, depois de “os ministros (com máscara) terem desinfetado as mãos”.
“Após a celebração, todos os fiéis devem regressar a casa, sem qualquer convívio no adro ou noutro espaço da igreja”, referem as normas da Diocese do Funchal, onde se recomenda a continuidade das transmissões das Missas pela internet.
A Diocese do Funchal publicou também um conjunto de normas para visitar as igrejas “apenas ao lugar preparado para a oração pessoal”, com uso de máscara protetora e no horário afixado, onde “as pias de água benta devem permanecer vazias, de modo a prevenir a transmissão do coronavírus”.
Na nota divulgada hoje pelo Gabinete de Informação da Diocese do Funchal, D. Nuno Brás agradece a todos “o exemplo de vida cristã e de caridade” e aos sacerdotes o facto de se terem desdobrado “em cuidados por aqueles que estão ao seu encargo” nos meses de “jejum eucarístico”.
“Uma palavra de agradecimento é ainda devida a quantos, na linha da frente, têm garantido a nossa sobrevivência nestes dias, em particular as autoridades de governo, autárquicas e de saúde, quantos trabalham nos hospitais e na proteção civil, forças de segurança e funcionários dos diversos serviços”, acrescenta o comunicado.
O bispo do Funchal lembra que se mantém “a impossibilidade de realizar procissões” e outros “atos festivos com grande participação de fiéis”, mas “os sacerdotes poderão passar pelas ruas com as imagens e as bandeiras em cortejo automóvel, permanecendo os demais fiéis nas janelas e varandas de suas casas”.
Sobre a celebração das exéquias, D. Nuno Brás afirma que “os sacerdotes deverão continuar a realizar apenas uma celebração da Palavra nos cemitérios, dada a dificuldade de garantir sempre as condições para a celebração da Missa de corpo presente”
Na Nota divulgada hoje, o bispo do Funchal adverte para a necessidade de cumprir as normas indicadas e diz que “a infração às mesmas” pode ser o motivo para regressar “à proibição de todas as celebrações públicas”
A Conferência Episcopal Portuguesa publicou um comunicado do seu Conselho Permanente no dia 2 de maio onde aponta para o dia 30 deste mês o regresso das celebrações comunitárias das Eucaristias, afirmando nesse documento que “as Dioceses insulares terão em conta as indicações das respetivas autoridades regionais”, como aconteceu hoje na Madeira pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.
PR