Instituição ajuda população das freguesias de Santa Luzia, Santa Maria Maior e Sé, na capital madeirense
Funchal, Madeira, 05 mai 2020 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana do Funchal vai gerir o Fundo de Emergência para Apoio Social (FEAS) para “apoio financeiro” das famílias que “comprovadamente foram afetadas, em termos sociais e económicos”, pela pandemia de Covid-19.
Segundo informação divulgada pela Diocese do Funchal, o FEAS é um “apoio financeiro” ao nível “da alimentação e custos fixos, da medicação e consultas, da habitação e rendas e apoio aos estudantes”.
O fundo resulta de um acordo de cooperação com a Secretaria Regional de Inclusão Social e Cidadania (SRISC).
As famílias que pretendam recorrer ao apoio vão ter de comprovar a “perda de rendimentos auferidos pelo agregado familiar no mês anterior à declaração do estado de emergência” e perda de rendimento “tem de ser de, pelo menos, 20%”.
O FEAS foi dividido por várias instituições da Madeira que vão apoiar as famílias em zonas de atuação que foram atribuídas a cada uma; à Cáritas Diocesana do Funchal foram atribuídas as freguesias de Santa Luzia, Santa Maria Maior e Sé, do concelho do Funchal, que podem contatar a organização da Igreja Católica através dos números 291 743 331 e 912 006 575, e o e-mail feascaritasfunchal@gmail.com.
“O atendimento presencial só será realizado através de marcação prévia não devendo os interessados deslocarem-se à Instituição sem entrevista agendada, permitindo, manter-nos em linha com o Plano de Contingência da Cáritas Diocesana do Funchal, a gestão do número de pessoas no local e o registo de contactos próximos, procedimentos fundamentais neste contexto”, informa a Cáritas do Funchal, que disponibiliza o formulário de candidatura ao Fundo de Emergência para Apoio Social, bem como a legislação e documentação.
“A Madeira irá atravessar a maior crise económica e social das nossas vidas: Encerramento de muitas empresas, num aumento exponencial do desemprego e num crescimento da pobreza, talvez como nunca vimos nos últimos anos”, disse o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira durante uma visita Banco Alimentar Contra a Fome, esta segunda-feira.
José Manuel Rodrigues assinalou que as instituições de solidariedade social são “a grande arma” do setor público para “acudir às pessoas que vão cair na miséria e na fome” e alertou para o aparecimento de novas classes de pobres e considera que os representantes do povo “têm cada vez mais a responsabilidade de estar perto” das pessoas que “estão a passar por dificuldades”.
“Uma grande maioria dos madeirenses está a atravessar enormes dificuldades face à paralisação económica, mas sei também que alguns madeirenses estão em melhores condições económicas. Gostaria de apelar a esses que podem ajudar que ajudem o Banco Alimentar Contra a Fome, que ajudem as instituições particulares de solidariedade social que se dedicam ao combate à pobreza e à exclusão social”, desenvolveu o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira.
A região autónoma registou 86 casos confirmados de Covid-19 e está há 10 dias sem novos casos positivos.
CB/OC