Covid-19: Bispos da Europa e de África apelam a «acesso justo e universal» às vacinas

Encontro entre episcopados dos dois continentes abordou «promoção da vida, da família, da liberdade educacional e religiosa»

Foto: Organização Mundial da Saúde

Bruxelas, 02 jun 2021 (Ecclesia) – O Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e o Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SECAM) lançaram um apelo conjunto pelo “acesso justo e universal” às vacinas contra a Covid-19.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, os responsáveis católicos pedem à União Africana, União Europeia e ONU que se comprometam a “providenciar a implementação prática de leis e protocolos que aumentem a solidariedade e promovam a dignidade humana”.

“Em particular, a promoção da vida, da família, da liberdade educacional e religiosa, o acolhimento e integração dos migrantes. Também através do acesso justo e universal às vacinas contra a Covid-19”, acrescentam.

CCEE e SECAM promoveram um seminário online, sobre ‘Solidariedade na promoção da dignidade humana à luz da Fratelli Tutti’, a encíclica do Papa Francisco sobre a ‘Fraternidade e a Amizade Social’, desde terça-feira até hoje.

20 representantes das Conferências Episcopais Continentais de África e da Europa aprovaram uma mensagem final onde convidam “a acolher o apelo” do Papa Francisco ao diálogo inter-religioso, como forma de “estimular a ‘amizade, a paz e a harmonia’” e de garantir a liberdade religiosa, que “é um direito humano fundamental de todos os fiéis”.

“Na promoção do diálogo cultural, inter-religioso e ecuménico, e conscientes de que a Igreja é mãe, pedimos que cada Igreja local seja ‘uma casa de portas abertas’, para sustentar a esperança, construir pontes, derrubar muros e semear sementes de reconciliação”, pode ler-se.

Os bispos, que reafirmam a comunhão e a colegialidade, comprometem-se a trabalhar pela “promoção da dignidade humana, da fraternidade e da solidariedade”, que estão no coração da vida humana e da convivência pacífica.

Como filhos do único Pai, devemos estar abertos uns aos outros e trabalhar para construir uma genuína fraternidade não apenas entre as nossas comunidades locais, mas também com pessoas de diferentes origens culturais, identidades raciais e étnicas, posições religiosas e políticas, status social e económico”.

O Conselho das Conferências Episcopais da Europa e o Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar destacam que a ‘Fratelli Tutti’ é um convite aos seres humanos de todo o mundo para “um renovado compromisso com a fraternidade universal, a amizade, a solidariedade e a convivência pacífica”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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