Covid-19: Bispo do Algarve pede aos católicos que vivam tempo de pandemia «com responsabilidade» e «sentido cívico»

«Não podemos facilitar» – D. Manuel Quintas

Foto: Folha do Domingo

Loulé, 26 out 2020 (Ecclesia) – O bispo do Algarve pediu aos católicos da diocese que continuem a viver o tempo de pandemia “com responsabilidade” e “com o sentido cívico” que é pedido, “cumprindo tudo aquilo que está determinado”.

“Sabemos que os tempos que vivemos não são fáceis. Sabemos que não podemos facilitar, que somos todos corresponsáveis e todos irmãos também nisto”, afirmou D. Manuel Quintas, citado pelo jornal diocesano ‘Folha de Domingo’.

Na Eucaristia da Assembleia do Renovamento Carismático Católico, esta sexta-feira, o bispo do Algarve observou que, “às vezes”, as pessoas pensam que são “super-homens e supermulheres, sobretudo aqueles que estão a crescer, os jovens”, mas alertou que nunca se confrontaram “com uma situação como esta” e isso deixa “um pouco perplexos, sem referências”.

No Centro Paroquial de Loulé, o responsável católico pediu para não caírem na “falsa ideia” de que por não serem atingidos são “melhores do que os outros”.

“Certamente que se Jesus vivesse nesta altura dizia que aqueles mais 3000 atingidos diariamente pelo Covid podemos ser nós. Aqueles que estão internados ou até nos cuidados intensivos ou até atingidos, mesmo mortalmente, por este vírus, somos nós. «Pensais que sois melhores do que eles?», pergunta Jesus”, explicou.

D. Manuel Quintas explicou que Deus fala “também através desses acontecimentos”: “O Espírito ajuda-nos a discernir e a ver com maior clareza tudo o que se passa à nossa volta e a encontrar em tudo a vontade de Deus”.

O responsável católico salientou que as circunstâncias que se vivem não ser “obra” de Deus, “mas incúria humana”, lembrando a recorrente interrogação humana “por que é que Deus permite isto?”.

“Podemos correr o risco de nos sentirmos sozinhos, abandonados por Deus e, às vezes, uns pelos outros, sobretudo aquelas pessoas que vivem situações frágeis na vida ou que estão nos hospitais ou nos lares e não podem ser visitados pelos familiares. Não podemos exprimir, através de gestos de ternura e de afeto, aquilo que nos une, sobretudo avós e netos. Isto causa muita perplexidade, causa-nos muito desconforto e, por vezes, não é fácil sabermos orientar-nos e saber tirar lições para a nossa vida”, desenvolveu.

O jornal ‘Folha de Domingo’ informa que a Assembleia Diocesana do Renovamento Carismático Católico do Algarve, com cerca de 90 participantes, se realizou no Centro Paroquial de Loulé.

O movimento conta com 15 núcleos na diocese: Paróquias de Albufeira, Almancil, Faro (2), Ferragudo, Ferreiras, Lagos, Loulé, matriz de Portimão, Odiáxere, Pechão, Pedra Mourinha (Portimão), Quarteira (2) e Vila Real de Santo António.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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