D. António Luciano pede «responsabilidade solidária» para evitar recuos
Viseu, 04 jun 2021 (Ecclesia) – O bispo de Viseu publicou orientações pastorais para a nova fase de desconfinamento, sublinhando a necessidade de uma “responsabilidade solidária” face à evolução positiva do combate à pandemia de Covid-19 em Portugal.
“É necessário continuar, com responsabilidade solidária, a observar todos os cuidados de saúde, pois vemos que, nalgumas zonas do país, já se começou a andar para trás. Importa também que as dificuldades e os desafios pastorais que nos são colocados hoje nos movam, como cristãos, a buscar um caminho de esperança pastoral”, escreve D. António Luciano, numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
“Procuremos dar algum ânimo à evangelização, sobretudo no âmbito catequético, realidade que esteve adormecida em muitas das nossas comunidades”, acrescenta.
O responsável recorda que, de acordo com as indicações da Conferência Episcopal Portuguesa, peregrinações, procissões, festas, romarias, concentrações religiosas, acampamentos e outras atividades similares em grandes grupos, “passíveis de forte propagação da epidemia”, continuam suspensas até novas orientações.
Uma das novidades anunciadas pelo bispo de Viseu relaciona-se com as celebrações das exéquias, que até aqui tinham um único momento celebrativo no cemitério e passam a poder ser celebradas em dois momentos: na igreja paroquial ou outra igreja da paróquia, tendo em conta as normas da DGS), com celebração da Eucaristia ou Celebração da Palavra, com o corpo presente; e no cemitério, com os ritos próprios, não havendo cortejos fúnebres”.
D. António Luciano pede uma atenção particular aos espaços dos velórios.
“A partir do testemunho da fé, as comunidades cristãs devem mostrar, aos doentes, nos funerais e no acompanhamento das famílias durante o luto, a presença consoladora de Cristo Ressuscitado”, acrescenta.
O responsável católico apela a um “testemunho do compromisso” com as orientações apresentadas pela DGS.
“Com a colaboração e responsabilidade de todos, no futuro, somos chamados também a viver mais comprometidos com o cuidado dos mais frágeis e vulneráveis da sociedade”, conclui o bispo de Viseu.
A diocese iniciou esta quinta-feira um ciclo de celebrações para pedir “o dom de novas vocações para a Igreja”, que passa pela solenidade do Sagrado Coração de Jesus, Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, a 11 de junho.
Já a 13 de junho, dia de Santo António, serão ordenados na Sé de Viseu três novos diáconos permanentes.
“Rezemos por eles, pelas suas famílias e comunidades, rezemos pela santificação das famílias, dos sacerdotes, pela vocação ao diaconado, à vida consagrada e laical. Rezemos pelos jovens que se preparam para receber o Sacramento do Crisma, para que despertem para o serviço da Igreja e se empenhem no compromisso e testemunho da fé”, pede D. António Luciano.
O bispo convida as comunidades católicas a rezar “pelo aumento das vocações sacerdotais, diaconais, à vida consagrada, ao laicado comprometido vivendo a fé como jovens em caminho de esperança, no compromisso e realização pastoral com as JMJ em Lisboa, no ano de 2023”.
No próximo domingo vai ser celebrado o Dia da Diocese de Viseu, com o tema ‘Batizado, alimenta-te na esperança’; o programa inclui a celebração da Missa, pelas 11h00, e um evento online, pelas 15h00.
OC