Lisboa, 08 abr 2020 (ECCLESIA) – O bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança, D. Rui Valério, publicou uma série de propostas para a vivência da Semana Santa e da Páscoa, em tempos de pandemia.
Com o título ‘Páscoa ao ritmo da quarentena’, o texto refere que os “tempos singulares” que hoje se apresentam devido à difusão do novo coronavírus, oferecem “uma ocasião favorável para celebrar e viver a Páscoa, encarnada na história, no concreto da vida”.
Para além de participar, “via TV ou pela internet, nas celebrações pascais”, o bispo avança com algumas sugestões para a vivência desta quadra em cada casa.
Para Quinta-Feira Santa, memorial da instituição da Eucaristia, D. Rui Valério aconselha que as famílias, reunidas em suas casas, “ao sentarem-se à mesa para tomarem a refeição comum, se possam deixar inundar pela força da memória e mergulhar na comunhão com Jesus Cristo”.
“Condimenta a tua refeição com a memória desse evento salvífico e a comunhão que ele significa: procede à leitura de um texto bíblico apropriado e recorda que o pão é o alimento que une os irmãos em Cristo num único corpo e numa só família”, escreveu.
Em relação a Sexta-Feira Santa, o bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança refere que as pessoas podem viver a Via-Sacra em casa “em sintonia com o caminho de amor que Cristo quis percorrer”.
Este ano, também os corredores e enfermarias dos hospitais, os lares isolados, as casas e as estradas, as casernas, os supermercados… são estações da Via-Sacra e até do Calvário, porque estão lá pessoas que arriscam as suas vidas por nós”.
O mundo hoje “está transformado num imenso Gólgota marcado pelo sofrimento que esta pandemia incute, mas também preenchido pela grandeza do amor ao próximo”, aponta D. Rui Valério, o qual propõe que o Sábado Santo seja “um dia de silêncio, não por faltarem as palavras, mas porque elas abundam”, um dia de “solidariedade para com os que labutam na manutenção do essencial para a vida, na solidariedade para com os frágeis e os que sofrem”.
Para o dia de Páscoa, D. Rui Valério lança a proposta de cada um testemunhe a “ressurreição de si próprio”, ou seja, “uma firme vontade de abraçar e encetar uma vida nova, diferente, transformada; uma vida de mais oração, mais santidade, mais solidariedade”.
LFS