Braga, 20 Abr 2020 (ECCLESIA) – O Conselho Episcopal da Arquidiocese de Braga esteve reunido, através de videoconferência, onde o padre Sérgio Torres afirmou que “não é possível prever-se o futuro”, mas que “urge a necessidade de um «Pentecostes digital».
O responsável pela Comissão para a Pastoral Comunitária e Missionária lançou também a proposta da “tradução” dos livros «Semeadores de Esperança» em linguagem e gramática digital e que a comunidade “não se desligue totalmente dos planos anteriores centrados na Fé e na Esperança”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, afirmou que apesar de “muitas das questões relativas à vida eclesial” em tempos de pandemia “não poderem ainda ter uma resposta segura, a proactividade é hoje, mais do que nunca, absolutamente necessária”.
No encontro digital, cada Vigário foi convidado a refletir sobre a sua área de atuação e a pensar em possíveis soluções que possam ajudar as pessoas, famílias e paróquias, partindo do “pior cenário”, que se revelará se as Igrejas ficarem encerradas até às férias escolares.
A Comissão Arquidiocesana para a Educação Cristã é das que “mais tem sentido os desafios provocados pela pandemia”, já que se encontra impedida de contactar presencialmente com as pessoas que lhe dão sentido”.
A Catequese conta com “algumas novidades e vários recursos” que já podem ser utilizados.
O cónego Luís Miguel Rodrigues, responsável pela Comissão Arquidiocesana para a Educação Cristã, sublinhou que “os vídeos não pretendem substituir as dinâmicas de relação do catequista com o grupo e as famílias, antes as supõem e estimulam”.
Cada catequista terá que encontrar “a arte e o engenho” para fazer acontecer os encontros semanais com catequizandos, com o grupo e com as famílias.
A Comissão para o Desenvolvimento Humano Integral, representada pelo cónego Roberto Mariz, vive neste momento “em sobressalto, sobretudo no que diz respeito às IPSS com valências da infância e de idosos”.
O sacerdote expressou a preocupação “com a falta de recursos humanos”, mas sublinhou que tem sido possível acompanhar e ajudar os utentes.
O Departamento Sócio-Caritativo tem continuado a “distribuir alimentos, assim como ajudas para medicamentos, ou refeições”.
Os pedidos de apoio à Cáritas “têm aumentado e tem sido preciso usar recursos financeiros para adquirir alimentos”.
Desde o início da pandemia que a Arquidiocese de Braga já avançou com várias iniciativas para apoiar quem mais precisa neste momento: o Hotel do Lago e o Hotel João Paulo II foram disponibilizados para alojar profissionais de saúde e D. Jorge Ortiga pediu aos sacerdotes que “doassem um dos seus salários para o «Fundo Partilhar com Esperança»”.
A Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Braga também instituiu a iniciativa «Um Ouvido com C’Oração», uma linha verde de escuta e acompanhamento espiritual, e têm sido muitos os sacerdotes que se têm disponibilizado para apoiar os seus paroquianos em várias dimensões.
LFS