Cooperação: Governo português garante apoio

Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros encontrou-se com responsáveis da Fundação Fé e Cooperação

Lisboa, 06 jun 2012 (Ecclesia) – O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros manifestou hoje, em Lisboa, total disponibilidade para ajudar o trabalho das organizações não governamentais de apoio ao desenvolvimento, durante uma visita às instalações da Fundação Fé e Cooperação (FEC).

Luís Brites Pereira sublinhou, em declarações à Agência ECCLESIA, que saiu do encontro “com um espírito renovado de missão e de esperança”, porque encontrou “uma instituição muito profissional, com uma visão sustentável daquilo que faz, quer nas zonas geográficas onde está presente quer nas áreas setoriais que apoia”.

Criada em 1990 pela Conferência Episcopal Portuguesa, com o nome “Fundação Evangelização e Culturas”, no âmbito dos 500 anos da evangelização das Igrejas lusófonas, a FEC presta atualmente serviço em países como Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau ou Timor-Leste.

Os seus projetos abrangem diversas áreas, com destaque para a educação, a saúde, o desenvolvimento económico e social, a comunicação e a construção de infraestruturas essenciais, como o saneamento básico.

Em Portugal, realce para a colaboração da FEC com a Rede do Voluntariado Missionário, no apoio e na formação de instituições que enviam leigos para trabalhar em missão.

Segundo o secretário de Estado, quer a cooperação para o desenvolvimento quer a educação para o desenvolvimento e advocacia social são pontos estratégicos para o país, até numa perspetiva de “formar para uma cidadania cada vez mais global e solidária”.

“O Governo pode ser parceiro, sobretudo na criação de relação entre entidades e países e deve ajudar também na concretização dos projetos”, sustentou Luís Brites Pereira.

Aquele responsável ressalvou, no entanto, que a situação difícil em que Portugal se encontra obriga à implementação de um “novo paradigma” ao nível da Cooperação, baseado sobretudo na criação de “parcerias” que favoreçam a obtenção de “novas formas de financiamento”.

“Os tempos de crise também são uma oportunidade de encontrar novas formas de trabalhar em conjunto e novas respostas para os problemas”, salientou.

Jorge Líbano Monteiro, administrador da FEC, classificou a visita do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação como “uma prova da importância que o Governo português atribui à cooperação entre o Estado e a sociedade civil” e ao mesmo tempo “um reconhecimento” pelo trabalho que tem sido realizado.

“Uma boa forma de potenciar recursos em prol do desenvolvimento pode ser a junção de organizações, entidades, fundos económicos ou mesmo competências individuais à volta de um mesmo projeto”, apontou.

JCP

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