Cooperação: As «marcas profundas» do voluntariado missionário

Relatos de quem fez experiências de voluntariado e de quem espera «ansioso» pela partida

Lisboa, 27 abr 2012 (Ecclesia) – O voluntariado missionário “deixa marcas profundas nas pessoas” referiu, esta quinta-feira à Agência ECCLESIA Vítor Sequeira que realizou três experiências diferentes neste campo.

Atualmente com 43 anos, Vítor Sequeira viu nascer, na década de 80 na paróquia de Miratejo (diocese de Setúbal), o grupo «Jovens Sem Fronteiras» e em 1992 partiu para Cabo Verde.

Se na primeira experiência de voluntariado ajudou “na construção de estradas e no auxílio às crianças mais necessitadas”, passados dois anos repetiu o ato e foi para São Tomé e Príncipe, referiu à margem da apresentação do estudo «Voluntariado: Missão e Dádiva”, realizado pela Fundação Fé e Cooperação (FEC)

No lançamento do estudo, no auditório da Rádio Renascença (Lisboa), o voluntário adiantou ainda que em 1999 foi para a Guiné, para “ajudar na formação de professores”

Desses tempos recorda “o sentimento de grupo e o espírito de partilha” sem esquecer o contacto com a igreja local.

Nunca mais realizou nenhuma experiência de voluntariado missionário nos países lusófonos porque “tem compromissos familiares”, mas “se pudesse não pensaria duas vezes”, confessou este voluntário com formação em cartografia e topografia.

O setubalense José Manuel Maravilha nunca realizou nenhuma experiência de voluntariado missionário, mas está ansioso com “a partida, com a minha mulher, para Nampula (Moçambique)” no próximo mês de julho.

Este radiologista tem 49 anos e três filhos – pertence à congregação dos jovens missionários de Apresentação de Maria – irá desenvolver um projeto “de noções básicas de saúde e primeiros socorros” enquanto a esposa, educadora de infância, irá “trabalhar num projeto de alimentação saudável com um teatro de marionetes”.

O sonho do voluntariado já anda na cabeça de José Manuel há algum tempo e “agora chegou a altura dos filhos ficarem um pouco sozinhos” e de darem, em vez de ser aos filhos, “a outros que necessitam mais” do que eles, sublinhou.

Com 49 anos, o gestor Vasco Mina esteve em missão em São Tomé e Príncipe pelos «Leigos para o Desenvolvimento».

Em diálogo com a Agência ECCLESIA, Vasco Mina referiu que a partida para aquele país lusófono foi nos finais da década de 80 e “foi a primeira missão” dos Leigos para o Desenvolvimento.

A experiência de um ano deixou-lhe “marcas para a vida” e o “espírito de servir populações carenciadas” esteve no centro da sua ida, afirmou.

Casado e com três filhos, o gestor refere que “não faz parte” do seu plano voltar a ser missionário, no entanto aconselha os jovens “a fazerem experiências deste tipo”.

Responsável e voluntária do grupo «Missão Mundo» – ligado às Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres -, Ana Margarida fez uma experiência missionária em 2009.

Como existem “muitas crianças carenciadas em Moçambique”, Ana Margarida relatou que ajudaram “a construir uma biblioteca”.

A trabalhar no Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, esta voluntária ainda não sabe quando partirá novamente, “mas vou partir”, afiançou e conclui: “Talvez para Timor”.

LFS

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