Sacerdote da arquidiocese de Braga aponta que “haverá um grupo que colabore com algumas funções que seriam específicas do padre”
Braga, 04 jun 2021 (Ecclesia) – O padre Tiago Freitas, da Arquidiocese de Braga, destacou o esforço do Papa Francisco no reforço dos ministérios da Igreja e indica que, depois do reconhecimento do ministério do Catequista, podem surgir outros.
“Há um esforço do Papa Francisco de repensar o que são os ministérios na Igreja e considero que há uma continuidade, uma reformulação de um documento muito antigo do Papa Paulo VI onde foi pioneiro através dos ministérios laicais”, disse o especialista, em declarações à Agência ECCLESIA.
O sacerdote refere a “corresponsabilidade de todos os fieis batizados”, mas entende que haverá um “grupo reduzido a quem é pedido que colabore com algumas funções que seriam específicas do sacerdote”.
Quanto ao novo ministério do Catequista, o padre Tiago Freitas acredita que “não será para todos os catequistas”, realçando que o Papa ainda não lançou os critérios de admissão, pedindo ajuda às Conferências Episcopais.
O tema não é novo no seio da Igreja e o padre Tiago Freitas, na sua tese de doutoramento, teve a possibilidade de estudar a temática e propor outros ministérios, que acredita “que possam surgir”.
Tive a oportunidade de pensar nisto e sugeri, por exemplo, o ministério do luto e sofrimento. Se olharmos para a América, por exemplo, temos um ministério de líder de comunidade, já acontece, pode acontecer que haja este reconhecimento”.
O sacerdote indicou ainda outros ministérios “ligados às obras de misericórdia”, como a visita aos presos ou a presença da Igreja nos hospitais.
“São áreas vitais e que não temos valorizado suficientemente e pode ser um novo respiro para a Igreja”, assume.
As ‘Conversas na Ecclesia’ desta semana fazem eco da instituição do ministério do Catequista, ficando online às 17h00 na Agência ECCLESIA, com emissão às 22h45 na Antena 1 da rádio pública.
SN