Com a festa suspensa pelo segundo ano, cónego Adriano Borges destaca local de «visita obrigatória»
Ponta Delgada, Açores, 06 mai 2021 (Ecclesia) – O cónego Adriano Borges, reitor do Santuário do Santo Cristo, na cidade açoriana de Ponta Delgada, disse à Agência ECCLESIA que o local é quase de “visita obrigatória” e há mesmo uma “maior identificação”, em tempo de pandemia.
“Há uma identificação com esta bonita imagem, a altura da paixão de Cristo, as pessoas olham para a imagem e veem uma imagem de dor mas ao mesmo tempo de serenidade, se olharmos bem fixos ela transmite isso; tem havido mais visitas porque há esta identificação neste momento doloroso que estamos a viver”, explica o sacerdote da Diocese de Angra.
O Santuário do Santo Cristo, na ilha de São Miguel, tem estado aberto, apesar das limitações impostas pela pandemia, e “há sempre gente a entrar e a sair”.
“A ida ao santuário é quase visita obrigatória para agradecer, pedir proteção ou dar graças e os que não podem fazer, o mais tradicional é receber muita correspondência sobretudo Estados Unidos da América e Canadá, o sentimento é o mesmo muitos pedidos de orações pelo fim da pandemia e depois há este desabafar da saudade do vazio e da distância”, afirma.
Este é o segundo ano consecutivo em que as festas do Santo Cristo se encontram suspensas devido à pandemia de Covid-19, com os “cuidados necessários e redobrados neste tempo”.
“Isto afeta a vida total das pessoas, nas famílias, pelo emprego, todas as áreas foram afetadas e a Igreja não é exceção, ao nível mundial e também ao nível local, a festa maior da nossa diocese é o Santo Cristo”, aponta o reitor do Santuário.
O cónego Adriano Borges adianta ainda que “onde estiver um açoriano, vivendo nos Açores, ou os que residem fora”, há um “sentimento generalizado, as pessoas compreendem porque não pode haver festa, mas há este vazio pelo segundo ano consecutivo”.
As “Conversas na ECCLESIA” ficam online às 17h00, de segunda a sexta-feira desta semana, e têm como tema as festas religiosas na diocese de Angra, nos Açores, que devido às limitações da pandemia estão suspensas.
SN