«Visita de cortesia» a D. José Tolentino Mendonça vai decorrer no Palácio Apostólico
Cidade do Vaticano, 02 out 2019 (Ecclesia) – O Vaticano divulgou os espaços das sessões de cumprimentos aos 13 cardeais que o Papa vai criar a 5 de outubro, incluindo o arcebispo madeirense D. José Tolentino Mendonça.
A chamada ‘visita de cortesia’ vai decorrer entre as 18h00 e as 20h00 locais (menos uma em Lisboa), neste sábado; no caso do futuro cardeal português, tem lugar no espaço da Sala Régia, do Palácio Apostólico.
A 1 de setembro, o Papa anunciou no Vaticano a criação, como cardeal, do bibliotecário e arquivista da Santa Sé, de 53 anos.
O arcebispo madeirense torna-se o sexto cardeal português do século XXI e o terceiro a ser designado no atual pontificado; passa a ser o segundo membro mais jovem do Colégio Cardinalício, logo após D. Dieudonné Nzapalainga, cardeal da República Centro-Africana, de 52 anos.
O novo cardeal português junta-se assim a D. José Saraiva Martins, D. Manuel Monteiro de Castro, D. Manuel Clemente e D. António Marto no Colégio Cardinalício.
“Rezemos pelos novos cardeais, para que, confirmando a sua adesão a Cristo, me ajudem no meu ministério de bispo de Roma, para o bem de todo o santo povo fiel de Deus”, apelou o Papa.
O consistório para a criação de cardeais é uma cerimónia que se desenvolveu ao longo dos séculos, dando origem a um cerimonial próprio, que é hoje público; a celebração inclui o rito de entrega do barrete e do anel cardinalícios, na Basílica de São Pedro.
Cada cardeal é inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), uma tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade (suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.
Ao longo de centenas de anos, o anúncio era feito num consistório secreto, no qual o Papa anunciava o nome dos novos cardeais, que recebiam depois um “bilhete” com essa nomeação.
Após o Concílio Vaticano II (1962-1965), o consistório foi sendo sucessivamente simplificado até à fórmula atual, aprovada pelo Papa Bento XVI em 2012, que unificou o rito de entrega do barrete e do anel cardinalícios.
A Diocese do Funchal vai marcar presença no Consistório com uma delegação de 15 pessoas.
A celebração está marcada para as 16h00 (menos uma em Lisboa), na Basílica de São Pedro.
OC
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