Congresso Eucarístico Internacional foi o rosto de uma Igreja em festa

O balanço de D. Jorge Ortiga, representante da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) no evento O representante da Conferência Episcopal Portuguesa no 48º Congresso Eucarístico Internacional considera que este acontecimento foi o rosto de uma “Igreja em Festa”. “As manifestações de fé foram momentos de um entusiasmo notável, diferente do nosso”, revela à Agência ECCLESIA D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga. A procissão de Nossa Senhora de Zapopan, que decorreu durante o Congresso, juntou nas ruas de Guadalajara milhões de fiéis. D. Jorge Ortiga não esquece “como aquelas pessoas cantavam, estavam sorridentes e alegres”. Outro momento que o prelado recorda particularmente foi a procissão eucarística e a Missa que encerraram o Congresso, onde se reuniram “multidões e multidões, ao longo de seis quilómetros, para fazerem daquele momento uma festa permanente”. A arquidiocese de Guadalajara preparou-se ao longo dos últimos anos para acolher o 48º Congresso Eucarístico Internacional num clima de festa e entusiasmo e a verdade é que a última semana fica marcada como um dos maiores momentos de vida e entusiasmo em toda a Igreja Católica. O representante da CEP confessa que “uma das coisas que mais me impressionou foi o grande número de voluntários e voluntárias, que estavam disponíveis para tudo”. “Em todo o lado verifiquei a alegria de se poder servir, ninguém se sentiu perdido em terra estrangeira”, indicou. Foram mais de 17 mil os delegados que estiveram no México, de 10 a 17 de Outubro, para esta semana de reflexão, oração e comunhão. A presença de representações dos 5 continentes deu ao Congresso uma universalidade que é muito própria da Igreja Católica. Para D. Jorge Ortiga, esse foi mesmo um aspecto essencial, “porque conseguimos ver o que a Eucaristia era capaz de suscitar no mundo inteiro e isto é, sem dúvida, motivador”. As Catequeses públicas, ao longo da semana passada, foram sempre seguidas de experiências localizadas, provenientes dos 87 países presentes. “Uma das forças deste Congresso esteve na riqueza presente na variedade de maneiras com que se vive a Eucaristia”, frisou o prelado. Foi o próprio João Paulo II, apesar das suas dificuldades de saúde, a proferir a mensagem final do Congresso, numa ligação ao México via satélite: “A Eucaristia é uma fonte e a epifania da Comunhão”, sentenciou, numa intervenção que marcou o início, por outro lado, do Ano da Eucaristia. O Arcebispo de Braga espera que esta coincidência de festas eclesiais sirva para “suscitar muitas iniciativas nas diversas igrejas particulares, para celebração e para adoração de Jesus, que é capaz de ser luz e fonte de uma vida nova para este milénio”. “Este Congresso irá dar início a um ano cheio de iniciativas”, referiu. Participação portuguesa A delegação portuguesa foi composta por 45 participantes, entre sacerdotes e leigos. D. Jorge Ortiga mostra-se satisfeito com a participação, vincando que “as pessoas não foram em turismo e vieram consciencializadas da missão que têm de desempenhar nas suas comunidades”. O prelado admite, contudo, que a CEP “tem de reflectir um pouco sobre esta representividade, porque não nos podemos limitar a participar.” O próximo Congresso Eucarístico Internacional terá lugar no Québec, Canada, em 2008. Por essa altura, o Arcebispo de Braga espera que “se assumam programas, para que os delegados os levem à reflexão das pessoas e sejam representantes das paróquias e das dioceses”. “Não posso esquecer que os leigos eram já de uma certa idade, até porque a altura do ano não era de férias, pelo que talvez não terão a capacidade de dinamizar e concretizar as orientações”, assinalou ainda. “Temos de reflectir e pensar na melhor dinâmica a imprimir nos Congressos Eucarísticos, para o futuro”, conclui D. Jorge Ortiga.

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