Conferência vicentina de Faro pede voluntários para responder à crise

A completar 80 anos de vida, a Conferência Beato Nuno de Santa Maria da Sociedade de São Vicente de Paulo, sedeada em Faro, apela publicamente à colaboração de mais voluntários por serem “cada vez menos, alguns de idade avançada” aqueles que ainda prestam a sua ajuda àquela associação e, consequentemente, aos mais pobres. O apelo, dirigido aos “verdadeiros cristãos, homens e mulheres de boa vontade, com pouca ou muita idade”, é ainda justificado por garantir a organização que está a aumentar o número dos que lhe pedem apoio. “Nesta hora de crise, Ele (Jesus) continua a dizer-nos a todos nós cristãos: «Dai-lhes vós mesmos de comer»”, lembram os responsáveis da Conferência Beato Nuno de Santa Maria com preocupação. “Nem todos poderão fazer tudo, mas todos podem fazer alguma coisa. Juntem-se a nós porque tememos não poder chegar a todos os que solicitam o nosso apoio. Esperamos a vinda de irmãos que colaborem connosco nesta nossa caminhada ao encontro dos com fome, da muita pobreza envergonhada, de idosos com reformas de miséria, dos doentes, dos desempregados, de muitas famílias sem recursos para viverem com o mínimo de dignidade”, explicita aquele núcleo da Sociedade de São Vicente de Paulo. A maior parte do seu trabalho, realizado com veículos particulares dos voluntários e sem qualquer custo para a associação, prende-se com a angariação de alimentos, particularmente em Olhão, que posteriormente são distribuídos domiciliariamente aos carenciados. A Conferência Beato Nuno de Santa Maria explica que o ano passado “foi possível dar uma resposta concreta” à crise económica que já começava a despontar e agradece a todos os que contribuíram. “Embora tivesse aumentado imenso o número daqueles que nos solicitaram apoio, a todos foi possível ajudar. Embora fossem muitas as dificuldades impostas pela Segurança Social no que se refere ao PCAAC – Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados, a todos demos resposta adequada, fazendo com que a mais de 100 famílias chegasse mais de 6 toneladas de alimentos, provenientes daquele apoio e do Banco Alimentar Contra a Fome”, complementam. Mas para além dos bens alimentares, a ajuda prestada foi ainda composta de outros complementos. “Como em anos anteriores, também distribuímos por muitas famílias pobres mais de 11 mil euros em dinheiro que serviu para as ajudar em pagamentos de rendas de casa e medicamentos”, informa ainda a Conferência Beato Nuno de Santa Maria. Olhando para o Relatório de Contas daquela organização facilmente se percebe que a sua principal fonte de rendimentos são os peditórios, complementados depois com as quotas de subscritores. Com menor peso, mas de igual significado há ainda os contributos particulares e as colectas.

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