Conclave: Catolicismo deixou ser realidade «vitalmente europeia», diz bispo do Porto

D. Manuel Clemente espera que novo Papa siga caminhos abertos por Bento XVI

Lisboa, 12 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo do Porto considera que a história da Igreja Católica viveu muito da Europa, mas, atualmente, “não é uma realidade maioritariamente europeia, nem vitalmente europeia, no sentido exclusivo”.

D. Manuel Clemente falava à Agência ECCLESIA sobre a eleição do novo Papa no Conclave que hoje se iniciou no Vaticano.

O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa destacou os caminhos abertos por Bento XVI, em quase oito anos de pontificado, afirmando que os mesmos serão “certamente” seguidos pelo sucessor.

O agora Papa emérito “consolidou” a abertura da ligação entre a fé e a razão porque soube compreender o “facto religioso” e o explicitar “em termos racionais”.

Para D. Manuel Clemente, Bento XVI foi “quase um alter ego doutrinal” de João Paulo II e como “intelectual e homem de Igreja”, nunca se dispensou de pensar a fé com as capacidades racionais.

Para além deste aspeto “fundamental em termos de humanidade”, o Papa emérito dedicou-se também– “com gestos muito bonitos de presença e de visita” – ao “diálogo inter-religioso”.

O trabalho de Bento XVI no diálogo “com o islão, com o judaísmo e com as religiões em geral” foi extremamente “fecundo, sereno, profundo e claro” e terá “de permanecer em aberto”, por ser um dos “pilares fundamentais da paz mundial”.

LFS

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