Comunidade internacional desperta para o drama do Uganda

Rebeldes mataram duas centenas de pessoas num acampamento de deslocados Rebeldes armados com espingardas, peças de artilharia e lança-granadas mataram sábado à noite perto de 200 pessoas num acampamento de deslocados no Norte do Uganda. Este novo e violento episódio da guerra que é levada a cabo pelo “Exército de Resistência do Senhor” (LRA, iniciais em inglês), de Joseph Kony, parece ter despertado a atenção da comunidade para o drama desta região. O ataque ao acampamento de Barloonyo foi um dos mais graves cometidos nos últimos anos por uma guerrilha que diz inspirar-se nos ensinamentos bíblicos e que já levou mais de um milhão de pessoas a abandonar as suas casas, devido às atrocidades que comete. A Associação Acholi Religious Leaders Peace Iniziative (ARLPI), que congrega os líderes religiosos do Norte do Uganda, já condenou esta acção e pediu ao LRA que “parem de assassinar os inocentes”. Desde 1986, os rebeldes do LRA, torturaram e assassinaram cerca de 120.000 de pessoas, sequestraram mais de 25.000 crianças e provocaram o deslocamento de mais de um milhão de civis. Em Novembro passado, após visita ao Uganda, o comissário da ONU para Assuntos Humanitários, Jan Egeland, definiu a situação do país africano como “a pior crise humanitária do mundo”.

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