Comunicado do Conselho Presbiteral do Patriarcado de Lisboa

Com a presença de trinta e cinco membros, reuniu hoje, 26 de Maio, no Seminário dos Olivais, o Conselho Presbiteral do Patriarcado de Lisboa. Presidiu à sessão o Cardeal Patriarca de Lisboa e, associados à presidência, os seus bispos-auxiliares.
D. José da Cruz Policarpo interveio na abertura da reunião para assinalar acontecimentos de cunho eclesial, ocorridos recentemente:

– Assembleia do Presbitério de Lisboa, em Janeiro de 2009;

– Canonização de S. Nuno de Santa Maria, em Abril

– Cinquentenário do Monumento a Cristo-Rei, em Maio.

Acerca de todos eles, o Cardeal Patriarca de Lisboa manifestou a intenção de convidar o Presbitério a aprofundar o sentido dessas celebrações, e a traduzi-las em práticas pastorais. Além disso, D. José Policarpo anunciou a nova fórmula que, no corrente ano, o Dia da Igreja Diocesana adoptará:

– Não se realizará no Domingo da Santíssima Trindade, como é hábito, mas no Domingo 28 de Junho, em que a diocese encerra o Ano Paulino.

– Neste domingo, da parte da manhã, no Mosteiro de São Vicente de Fora, delegados das estruturas eclesiais reúnem-se para fazer o balanço do Ano Paulino, daí extrair as consequências de ordem pastoral e tomar conhecimento do Programa para o Ano Pastoral 2009-2010. De tarde, na igreja de S. Paulo em Lisboa, celebrar-se-ão o Encerramento do Ano Paulino e Ordenações de presbíteros e diáconos.

O primeiro tema oferecido à apreciação dos Conselheiros foi o Ano Sacerdotal instituído por Bento XVI, e que se inicia em 19 de Junho do ano corrente.

O encarregado da introdução ao tema referiu a génese e o contexto do anúncio da iniciativa, e sublinhou os objectivos e prioridades enunciadas por Bento XVI, acentuando que o Ano Sacerdotal deve ser vivido num estilo “positivo e propositivo” e permitir que favoreça o crescimento espiritual do sacerdote, a dinamização das comunidades no reconhecimento da centralidade e missão específica do ministério ordenado, e a promoção de celebrações sócio-litúrgicas inspiradas pelo Ano Sacerdotal.

O tema mereceu a partilha de diversas sugestões que serão objecto de decisão da respectiva Comissão Diocesana, ainda em constituição.

O segundo assunto, posto à consideração do Conselho, prende-se com uma reflexão, considerada necessária, sobre o desempenho das funções dos “diáconos permanentes” na diocese. Numa perspectiva de futuro, interrogou-se o Conselho sobre os requisitos que têm presidido à escolha dos candidatos ao diaconado, bem como à sua formação, relativa à sua identidade, vocação e missão, e aos ministérios que lhes têm sido confiados.

Além duma introdução, em que se referiram as normas ditadas pelo Magistério da Igreja, foi dado ao Conselho uma informação sobre a situação actual no Patriarcado:

– A diocese conta com 70 diáconos permanentes, dos quais 9 em situação de eméritos, perfeitos os 80 anos.

– Registou-se a disponibilidade eclesial demonstrada pelos diáconos actuais, sem esquecer alguns problemas de ordem social e pastoral que pedem uma solução.

– Por imperativo da reflexão agora iniciada, suspende-se por um ano pastoral (o próximo) a admissão de novos diáconos permanentes.

A alimentar o debate, sublinharam-se alguns pressupostos de cunho doutrinal e pastoral à volta da tríplice diaconia: a da Palavra, da Liturgia e da Caridade e sugeriram-se algumas alterações no campo da formação.

Sem se formalizarem quaisquer conclusões, o Cardeal Patriarca de Lisboa lembrou que o assunto voltará à apreciação do Conselho Presbiteral.

Na Agenda da reunião constava a informação acerca do projecto “Igreja Solidária” que se vem desenvolvendo ao ritmo da acção e donativos de particulares e instituições da Igreja e da sociedade.

A informação dada confirmou a bondade do Projecto, neste momento enriquecido com uma maior qualidade na acção dos Centros Sociais e Paroquiais, tendo-se referido algumas iniciativas reconhecidamente generosas e adequadas.

Depois duma referência ao recente Simpósio “Reinventar a Solidariedade” em que se salientou o espírito e objectivos da “Igreja Solidária”, enumeraram-se algumas preocupações a ter, para evitar lacunas e desvios. A este respeito, foi lembrado que é toda a Igreja de Lisboa que é chamada a responder às necessidades sentidas, independentemente de terem ou não estruturas sociais em funcionamento.

Finalmente, o Conselho retomou as reflexões feitas no decurso da Assembleia do Presbitério de Lisboa, em Janeiro passado, em Fátima. Dada a convergência deste tema com a vivência do Ano Sacerdotal (209-2010), aguarda-se o programa diocesano deste para aprofundamento do que foi partilhado em Fátima.

No quadro das intervenções livres dos Conselheiros, foi sugerida uma revisão à maneira como se prepara e funciona o Conselho Presbiteral, além da necessidade de informar, com objectividade, a diocese sobre os trabalhos do Conselho apenas terminem as reuniões.

Na altura própria, o Conselho Presbiteral foi informado da situação económico-financeira do Patriarcado de Lisboa.

Lisboa, 26 de Maio de 2009

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