Comunhão na diversidade, desafio do século XXI

Capítulo Geral das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição trouxe a Portugal 13 nacionalidades A casa mãe da Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição em Linda-a-Pastora, Oeiras, congregou 42 religiosas para o XXV Capítulo Geral. Em representação das 1500 Irmãs de 13 Países, dos 4 Continentes – em Portugal encontram-se 707 religiosas – as irmãs viveram durante quase um mês “uma profunda experiência de fé e um aprofundar da nossa vocação, para a vida consagrada para o carisma da hospitalidade e para a missão franciscana hospitaleira”, aponta à Agência ECCLESIA a nova Superiora Geral, Ir. Maria da Conceição Galvão Ribeiro. O encontro foi de grande comunhão na diversidade, pois estavam presentes irmãs de quatro continentes, que partilhavam a linguagem “da hospitalidade, da consagração, da vida fraterna e do serviço ao povo de Deus”, apontou ainda a Superiora Geral. Entre os dias 20 de Julho e 15 de Agosto as Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição puderam viver várias experiências. Participaram num roteiro de peregrinação, dando prioridade à visita das Irmãs mais idosas e doentes. Viveram também a experiência do retiro em alguns dias, tendo depois, ajudadas pelo Pe. José Cristo Rey, reflectido sobre “Tecendo um futuro de Esperança, Hospitalidade, Imaginação criadora, Serviço”. Momento alto no XXV Capítulo Geral foi a visita do Cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos. O Cardeal português teve oportunidade de conviver e contactar com as irmãs dos diferentes países. “É uma pessoa muito humana e afável”, aponta a eleita Madre Geral afirmando que foi uma visita “muito fraterna, de pastor”. D. José Saraiva Martins trazia uma missiva de Roma, proveniente da Secretaria de Estado do Vaticano, em nome do Papa. A Província de Santa Maria – Portugal, organizou ainda uma noite de Santo António de Lisboa dando a conhecer uma das festas mais tradicionais portuguesas às Irmãs dos outros países. Pela alegria sentida pelas participantes “se pode ver a alegria partilhada e gratificante, de comunhão cristã”, dá conta a Ir. Maria da Conceição Galvão Ribeiro. O trabalho realizado no Capítulo foi fruto da reflexão realizada, de há um ano até à data presente, pelas irmãs de todas as províncias da Congregação. Uma reflexão baseada na realidade repartida pelos 13 países onde as províncias encontram. “Foram vistas as grandes linhas do projecto comum”. A profunda experiência de Deus, vida em fraternidade “que na experiência franciscana adquire uma enorme importância” e a missão da congregação são os três grandes vértices do projecto. “A inculturação do carisma da Congregação será tarefa das irmãs nas suas províncias”, aponta a eleita Madre Geral, sem esquecer que o carisma deve estar numa constante “auscultação da realidade para se adaptar a essa mesma realidade sem perda de identidade”. A par do grande projecto da Congregação, este uma ampla reflexão sobre as constituições. Não são lei escrita, mas assentam na espiritualidade da Congregação. “Com uma mudança de época, é necessária a sua revisão”, aponta a Ir. Maria da Conceição Ribeiro. De notar que a votação do texto revisto foi feita com meios electrónicos. Ponto alto durante o Capítulo foram as celebrações. Em cada dia, uma província com a sua cultura, com os seus símbolos animava a liturgia. Altura para perceber a diversidade “e na língua própria de cada país”. Foi uma oportunidade para “mergulhar no evangelho mas também na realidade de cada país e n o carisma da hospitalidade inserido em cada realidade”, sendo traduzido como uma forte experiência espiritual. “Amor grande a cada irmã, contando com cada uma, acreditar nelas e estimulá-las a viver um grande projecto”, são desafios que a Ir. Maria da Conceição Ribeiro assume enquanto Madre Geral para os próximos seis anos. Desafios para que “nos possamos lançar na missão com ousadia e coragem, fazendo um esforço de actualização, mergulhado nas culturas”. Dentro da Congregação existe um forte intercâmbio cultural. A agora eleita Superiora Geral é natural do Brasil e vai permanecer em Portugal nos próximos seis anos. Para já, está prevista a visita às várias unidades da Congregação.

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