Bispo do Porto presidiu ao encerramento das comemorações O Bispo do Porto esteve no passado Domingo, 26 de Outubro, na Maia, no Seminário dos Missionários Combonianos. Presidiu à celebração da Eucaristia perante uma multidão de cerca de mil colaboradores, benfeitores e amigos vindos de todas as regiões pastorais da Diocese. D. Manuel Clemente encerrou assim as Comemorações dos 50 anos de presença comboniana na Maia (paróquia de Gueifães). Foi em 10 de Outubro de 1958, quando se perfaziam 77 anos sobre a morte de S. Daniel Comboni, que os primeiros jovens estudantes de Filosofia entraram na Quinta dos Leões do Catassol. Desde a abertura da Celebração, o Bispo exprimiu a sua alegria por se encontrar com tão numerosa assembleia, provinda de muitas paróquias e dos seus Cenáculos Missionários e com os Missionários Combonianos. Não deixou de se referir, com satisfação, à acção destes evangelizadores na diocese do Porto e no mundo, na esteira do apóstolo que foi S. Daniel Comboni. O Prelado explicava a Palavra proclamada, à mesma hora em que, em Roma, se concluía o Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. “Na Palavra de Deus tudo começa e tudo se conclui”, sublinhou. Paulo e Daniel Comboni – mesmo Amor, mesma Missão Baseando-se na leitura profética e na do Evangelho, D. Manuel explicou que “o Amor a Deus e o amor aos irmãos, nomeadamente no empenho pela Justiça e pela Paz têm que ir sempre juntos. De facto, o nosso Deus é Único e para todos. O seu amor compromete-nos nesse duplo sentido. Amar a Deus e ao próximo, segundo Jesus, é amar com entrega total a Deus. Olhando para tantas pessoas alimentadas pelo carisma comboniano exortava: “Nós, família comboniana, membros dos Cenáculos de Oração Missionária nas Paróquias, somos discípulos de Comboni. Ele foi contagiado por um Sacerdote diocesano cheio de espírito missionário e de amor pela África, o P. Mazza. E assim o amor de Deus e da África nunca mais deixou Comboni parar. O que Paulo fez, com a capacitação dada pelo Espírito Santo, fê-lo também Daniel Comboni”. Continuando a ilustrar as coincidências entre S. Paulo e S. Daniel Comboni, o bispo do Porto falou da alegria de Paulo, ao ter conhecimento de como os novos convertido de Tessalónica tinham abandonado os ídolos e se tinham convertido ao Deus vivo e verdadeiro. “Com a mesma alegria, os combonianos com o seu Fundador podem dizer o mesmo!”, exclamou. Cenáculos de Oração Missionária “Essa alegria é possível, se há Cenáculos que rezam para que assim seja. A oração é essencial para a Missão. Como dizia S. Comboni, ‘a missão é coisa de Deus, e as coisas de Deus tratam-se com Deus!’” E o Bispo encorajava a “cultivar a relação íntima com Jesus Cristo: sustentou Comboni, Paulo, os missionários: a oração que ele fez e a que outros fazem por ele.” Perante os 50 anos de actividade comboniana “aqui, ad gentes e inter gentes”, D. Manuel clemente exclamava: “Que bom que as Igrejas locais sejam aviventadas neste fogo evangélico missionário, para que aqui também tudo redunde em Missão e em Nova Evangelização”. “A minha congratulação é grande por tudo o que esta Congregação faz e pela sua abertura à vida da Diocese. Na ‘Missão 2010’, temos que aumentar o espírito missionário também entre nós” exclamou, exortando especificamente os Cenáculos: “Os Cenáculos sejam transportados pelo espírito missionário de Comboni! Há muito que fazer para anunciar a Cristo lá longe e cá perto!” Os Missionários Combonianos da Maia e de Famalicão e o seu Provincial, vindo de Lisboa para o evento, concelebraram com o Bispo Diocesano e com o Vigário da Maia, P. Orlando e o seu antecessor, P. Luís Queirós. O Evangelho foi proclamado pelo Diácono Jorge, da Maia. Os Grupos Corais da Paróquia de Gueifães e do Seminário, orientados por Manuel Joaquim, ajudaram a Assembleia com cânticos adequados à Liturgia do Dia, cheia de projecção missionária. Outros momentos deste dia de Festa Missionária foram animados pelo Alberto Vieira, Comboniano da Trofa, prestes a partir para Moçambique, pelos Seminaristas da Maia e de Famalicão. O Convívio da tarde foi animado pelo Grupo de Castanholas de Freamunde, pelo Rancho Folclórico de Moreira da Maia e pelo P. Leonel, comboniano, Animador Juvenil. P. Claudino Gomes