Combater as raízes do terrorismo: a injustiça e a opressão

Combater as raízes do terrorismo: a injustiça e a opressão “Diante da ameaça do terrorismo internacional” e do uso da “guerra preventiva por parte dos líderes do mundo”, é necessário mais do que nunca recordar que “a guerra não é o meio justo para solucionar as controvérsias internacionais, mas sim o diálogo e as negociações”. Foi o que escreveu o Patriarca Latino de Jerusalém e Presidente da “Pax Christi Internacional”, D. Michel Sabbah, numa carta divulgada por ocasião dos 40 anos da encíclica “Pacem in Terris”. “O bem comum – afirma D. Sabbah recordando a encíclica – é promovido através das autoridades públicas constituídas em nível internacional e com o consenso da comunidade das nações, e não através da força e da coerção.” “A autoridade não deve ser um super-Estado, mas deve sim respeitar o princípio da relatividade e a autoridade própria de cada Estado”, acrescenta. A guerra – lê-se na carta de Dom Sabbah – “uma vez desencadeada, torna-se muito difícil de ser detida e seus efeitos são imprevisíveis. Deixa como herança a amargura e o ódio por gerações, vítimas civis e danos ambientais”. Segundo o Patriarca Latino de Jerusalém, as religiões “podem dar sua contribuição para a criação de uma cultura de justiça e de paz, e o diálogo inter-religioso é um passo importante para a criação dessa cultura”. “As religiões não devem ser utilizadas como terreno para a guerra” – sublinhou. Aproveitando a ocasião da Quaresma, D. Sabbah pede para que se nutra a esperança de paz com a solidariedade e com a coragem de abater os muros erguidos, que separam católicos e protestantes, judeus, cristãos e muçulmanos. “Rezemos então – exorta o Patriarca – por uma solução pacífica de todos os conflitos, a começar pelo iraquiano e pelo israelo-palestiniano. O mal deste tempo chama-se terrorismo, e nós devemos condenar e combater suas raízes, que são a injustiça e a opressão dos pobres”.

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