Francisco de regresso a Bogotá após jornada em Villavicêncio, terra marcada pela guerrilha
Bogotá, 09 set 2017 (Ecclesia) – O Papa encerrou esta sexta-feira o terceiro dia de visita à Colômbia, que dedicou às vítimas do conflito armado no país, numa jornada em Villavicêncio, região oriental, terra marcada pela guerrilha.
O Papa deixou a cidade depois de ter rezado em silêncio diante da chamada “Cruz da Reconciliação” (Crucifijo de Bojayá) e de ter plantado uma árvore, como símbolo da vida que se renova, no Parque dos Fundadores.
A cerimónia foi acompanhar pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, cerca de 400 crianças e um grupo de representantes indígenas.
O monumento evoca as mais de 8 milhões de vítimas da guerra civil, nas últimas décadas.
O Papa depositou uma coroa de flores em homenagem a estas pessoas.
O dia começou no aeroporto militar da capital colombiana, onde o pontífice saudou e abençoou um grupo de cerca de 400 veteranos de guerra, militares e agentes de política, acompanhados pelo bispo do Ordinariato Castrense, D. Fabio Suescún Mutis.
"Agradeço-vos por tudo o que fizestes e fazeis pela paz, colocando a vida em perigo, foi isso que Jesus fez, pacificou-nos", disse.
A agenda pontifícia ficou marcada pela “grande vigília” de oração pela reconciliação nacional, no Parque Las Malocas, em Villavicêncio, com testemunhos de vítimas do conflito e de ex-combatentes.
Antes da vigília, o Papa presidiu à Missa de beatificação de D. Jesús Emilio Jaramillo Monsalve, bispo colombiano assassinado por guerrilheiros em outubro de 1989.
Após a passagem pela região dos ‘Llanos orientais’, Francisco regressa à Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé) de Bogotá, onde é acolhido por um grupo de vítimas da guerra, militares, polícias e ex-guerrilheiros.
A viagem prossegue este sábado, em Medellín, cidade ligada aos cartéis do narcotráfico, para a Missa no Aeroporto Enrique Olaya Herrera e encontros com responsáveis religiosos.
OC