Colômbia: apesar da libertação de Ingrid Betancourt, o povo sofre

Alerta lançado pelo Bispo Pablo Salas, em declarações à AIS na Alemanha Apesar da onda de júbilo provocada na Colômbia pela libertação de Ingrid Betancourt, que na semana passada foi recebida por Bento XVI, a população deste país sul-americano continua a ter o seu dia-a-dia marcado pela violência. O alerta é deixado pelo Bispo de Espinal, D. Pablo Salas, em declarações ao secretariado alemão da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Dado o clima de violência, os colombianos, permanentemente atemorizados, mal conseguem fazer uma vida normal. Além das FARC, D. Salas aponta o dedo a grupos armados de extrema-direita e de esquerda que semeiam a violência e a morte. Na Diocese de Espinal, sacerdotes assassinados e igrejas destruídas à granada são o triste testemunho de um sofrimento que obrigou muitas pessoas a emigrar, como refere o prelado à AIS. Ingrid Betancourt, após o encontro com o Papa, narrou à H2onews em colaboração com a Rádio Vaticano a sua experiência de fé e de esperança durante os longos 6 anos de prisão. “Na selva rezava e questionava a minha fé, a minha fé cristã. Neste lugar descobri a Virgem, escutando o Evangelho. Entendi que ela era a minha luz” explica Betancourt descrevendo com pormenor os particulares do seu estado de ânimo, as duvidas, os medos, mas também e sobretudo o sustento dado pela fé. “Um dia, liguei a rádio e escutei a voz do Santo Padre que pedia aos meus sequestradores que me libertassem”, continua Betancourt contando como “depois de tanta dor e perda, o facto de saber que o Santo Padre sabia que eu existia, que ele conhecia o meu nome e que eu era alguém para ele fez-me sentir de novo um ser humano”. Ingrid Betancourt foi sequestrada no dia 23 de Fevereiro de 2002 pelos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e resgatada da prisão no dia 2 de Julho de 2008. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

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