Coimbra: Papa Francisco, símbolos da cidade, cores e logo da JMJ 2023 dão vida a novo mural

«É um sinal mais de que estamos a caminho e as pessoas precisam de ver, concretamente na nossa cidade» – D. Virgílio Antunes

Coimbra, 08 jun 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Coimbra, representada pelo seu bispo e pelo Comité Organizador Diocesano para a JMJ 2023, e alunos da Escola Secundária José Falcão inauguraram um mural dedicado à Jornada Mundial da Juventude, no Seminário Maior,

“É um sinal mais de que estamos a caminho e as pessoas precisam de ver, concretamente na nossa cidade, que mostrem que estamos em movimento, que estamos em marcha para a Jornada Mundial da Juventude”, disse D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, à Agência ECCLESIA.

Hugo Monteiro, coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Coimbra explicou que quando surgiu a ideia de um mural JMJ, “que marcasse este caminho para a Jornada mundial da Juventude”, os responsáveis andaram à procura de lugares que se destacassem”.

O novo mural dedicado à ‘JMJ 2023’ em Portugal foi inaugurado na tarde desta quarta-feira, no muro exterior do Seminário Maior de Coimbra, na conhecida ‘curva da banana’, na Rua dos Combatentes.

“Não só por também ser propriedade da diocese, mas pela localização, aqui passam milhares de pessoas diariamente; era um muro que estava um bocadinho maltratado, com muitos grafites”, indicou o coordenador do COD.

Hugo Monteiro recorda que o projeto envolveu “a comunidade escolar”, em particular a Escola Secundária José Falcão, cujos alunos do 12.º ano, turma 9, do Curso de Artes, que “disseram logo que sim”.

“No final temos este mural que significa este caminho, esta preparação, este envolvimento da sociedade também, porque é a questão de jornada: Vai-nos bater à porta? E mesmo sem querer, as pessoas passam aqui e acabam por ver”, salientou à Agência ECCLESIA.

Este lugar onde temos de parar quase sempre por causa do semáforo, e tantos jovens que passam aqui a caminho da Universidade, este é um dos percursos mais frequentados, vão acompanhados por esta dinâmica que fica aqui expressa neste muro” – D. Virgílio Antunes.

O coordenador do COD Coimbra explica que quiseram destacar primeiro a “questão de continuidade”, por isso as três cores da bandeira portuguesa – vermelho, verde e amarelo – dão “continuidade pelo muro, ou seja, a fazer caminho até Lisboa”, depois os três monumentos que consideram “mais emblemáticos de Coimbra” – a Sé Velha, “que é a igreja oficial da Jornada do COD de Coimbra”, Santa Cruz, “igreja muito simbólica e muito importante não só para Coimbra mas a nível nacional”, e a Universidade de Coimbra.

“Juntamos a fé, a cultura, os estudos, tudo que também faz parte deste caminho para a Jornada, o tema e, claro, a figura do Papa. Quisemos que fosse uma figura diferente, marcante, que desse curiosidade, e dá. Quem passa fica curioso para ver como está esta figura do Papa Francisco. Este mural que marcará certamente a diocese”, desenvolveu Hugo Monteiro.

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Para o reitor do Seminário Maior de Coimbra o mural “é mais um elemento que une o seminário à Jornada Mundial da Juventude”, e para esta instituição “é muito importante assinalar este acontecimento”, que decorre de 1 a 6 de agosto, em Lisboa.

“Mas há estes dias anteriores, os Dias nas Dioceses, queríamos estar não só a acolher aqueles que visitam a cidade durante esses dias, mas também queríamos estar em sintonia com esta iniciativa nacional e internacional, que é ter em Portugal o maior encontro mundial de jovens”, desenvolveu o padre Nuno Santos.

À Agência ECCLESIA, o sacerdote destaca a intenção de que os muros do Seminário Maior de Coimbra “pudessem também contar essa história” e “é feliz o local escolhido, acaba por ser um local de muita visibilidade, e é uma maneira de comunicar com o exterior, o modo em que o interior falar com o exterior”.

O tema da JMJ Lisboa 2023 é ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39).

CB/OC

 

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Ana Magalhães, professora da disciplina de desenho na Escola Secundária José Falcão, que orientou este trabalho dos alunos do 12 ano turma 9 do Curso de Artes, conta que “eles participaram voluntariamente, voluntariaram-se e vieram”, considerando que “fazia todo o sentido participar nesta atividade, porque para além do desenvolvimento do projeto “muitos vão entrar no Ensino Superior, em Arquitetura, Multimédia, e tem todo o interesse que participassem”.

“Gostaram imenso, foi uma boa oportunidade de trazerem para fora o que vão aprendendo dentro da escola”, refere, desenvolvendo que tentaram ir ao encontro do que o projeto pretendia e “deixar um marco da presença do Papa em Portugal”, que não vai a Coimbra, “infelizmente”.

Segundo Ana Magalhães, os alunos “acharam importante, independentemente das crenças religiosas”, por isso, considera que “foi muito válido”, explicando que fizeram “o projeto primeiro, em papel, em computador”, depois estudaram “quais eram as possibilidades e leitura que teria ao longe, dimensão grandes”, discutiram o projeto do ‘mural JMJ 2023’ em termos de objetivos, de concretização e fizeram “o levantamento do material necessário”, bem como grupos de trabalho, “não podiam vir 24 alunos para aqui, alunos de 17, 18 anos”.

O novo mural foi inaugurado no último dia do ano letivo 2022/2023 para este alunos do Ensino Secundário e Lily Gerecke, que terminou o secundário, afirmou que foi uma “boa oportunidade de conhecer melhor a turma e conseguir fazer alguma para a cidade, contribuir para o seminário, e para as pessoas”.

“Aprendemos bastante técnicas novas com este mural e foi giro conhecer melhor este espaço e as pessoas que cá trabalham; gosto bastante, na minha opinião ficou muito melhor do que estava à espera, ficou bonito”, disse à Agência ECCLESIA.

Lily Gerecke, que “nunca tinha ouvido falar” da JMJ antes de participar neste mural, ficou com alguns “conhecimentos mais alertado”, considera que “as cores chamam de certeza a atenção das pessoas, são cores vibrantes, e têm um significado”, quanto aos desenhos foram bem elaborados, “tirando algumas dificuldades”, mas conseguiram “realizar bem o trabalho”.

“Deixa-nos este sentido, este conforto interior de percebermos que não só a diocese, como instituição e caráter religioso, mas também muitas outras instituições que têm outros dinamismos e outras identidades, nomeadamente as escolas, estão envolvidas porque querem todas ajudar os jovens a compreender que precisamos de ir mais longe. É importante o que se estuda, é importante o que se conhece, é importante o trabalho que se tem, as relações que nos dinamizam a vida, mas há outras realidades para as quais temos de estar abertos, nomeadamente estas causas que estão tão presentes na Jornada Mundial da Juventude, como é a fraternidade, a paz, a ecologia, o despertar para os valores espirituais e para a fé”, referiu o bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes.

 

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Agência ECCLESIA

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