Coimbra: Humanidade ultrapassou «limites» na sua relação com a natureza, adverte D. Virgílio Antunes

Bispo diocesano deixou alertas na solenidade da Imaculada Conceição

Coimbra, 09 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra lamentou na sua homilia da solenidade da Imaculada Conceição que a humanidade tenha ultrapassado os “limites” na sua relação com a natureza, quebrando a “harmonia desejada por Deus para toda a Criação”.

“Estamos diante de uma encruzilhada de difícil solução. Se fomos matando a natureza de forma irresponsável focados na ânsia de salvar uma parte da humanidade, corremos agora sérios riscos de sacrificar uma parte da humanidade para salvar a natureza”, advertiu, na celebração a que presidiu na Capela de São Miguel, Universidade de Coimbra.

O responsável defendeu a necessidade de uma “feliz convivência com Deus, com o próximo e com a terra”, lamentando as “escolhas imperfeitas e mesmo erradas” que levaram a humanidade a uma situação de crise.

“É o tempo oportuno, talvez tardio, para tomarmos consciência de que somos criaturas e que a terra nos foi dada como casa comum para nela habitarmos, para a guardarmos e protegermos”, indicou, numa intervenção divulgada pela Diocese de Coimbra.

D. Virgílio Antunes propôs “um outro estilo de vida”, que leve em consideração a “dimensão moral” de todos os atos, a educação ambiental e “uma séria fundamentação da ecologia na espiritualidade bíblica”.

Na solenidade da Imaculada Conceição, o responsável recordou que, em 1320, D. Raimundo Evrard instituiu esta festa na Diocese de Coimbra, séculos antes da proclamação do dogma.

OC

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