Coimbra: Diocese vai dar «especial atenção» a dinamismo «organizativo e de comunicação»

D. Virgílio Antunes lembra que encerram triénio da «evangelização, espiritualidade e organização»

Coimbra, 06 set 2019 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra anunciou que a diocese, no próximo ano pastoral, vai dar “especial atenção ao dinamismo organizativo e ao dinamismo da comunicação”, com a citação bíblica “o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos” como frase-chave.

“Que este novo ano pastoral, na fidelidade ao lema «aproximai-vos do Senhor» [plano pastoral 2017-2020], tenha duas fortes marcas: Aproximemo-nos do Senhor como povo que se converte ao seu amor e aproximemo-nos dos irmãos como Igreja enviada a anunciar o Evangelho”, escreveu D. Virgílio Antunes, em nota pastoral.

Sobre o dinamismo da comunicação, o bispo diocesano começa por explicar que a comunicação, neste contexto, “não é simplesmente um conjunto de técnicas de persuasão à maneira da publicidade ou do marketing comercial ou ideológico”, não se entende no sentido de “conjunto de meios de comunicação social usados para formar e informar”.

“Ao falarmos do dinamismo da comunicação queremos referir-nos a todo o processo comunicativo da Igreja, para o seu interior e para fora, que inclui a palavra, o testemunho de vida, os gestos e silêncios, a pregação, a liturgia, a caridade e as relações interpessoais, como lugares de anúncio do Evangelho”, desenvolveu.

Ainda neste âmbito, D. Virgílio Antunes recorda que o Plano Pastoral Diocesano “chama a atenção” para alguns aspetos concretos que precisam de “cuidar seriamente”, como “dar atenção particular à homilia”, “valorizar a comunicação social diocesana”, especialmente os jornais ‘Correio de Coimbra’ e ‘O Amigo do Povo’, e “investir na presença da Igreja na internet onde tem um sítio online – www.diocesedecoimbra.pt – uma página na rede social Facebook – www.facebook/diocese.de.coimbra.

“Todos reconhecemos a importância da presença da Igreja nestes novos areópagos, pois as novas gerações deixaram há muito o mundo do papel impresso e estão continuamente em sintonia com o mundo digital”, observou.

Quanto ao dinamismo organizativo, o bispo de Coimbra começa por assinalar que precisam de se “interrogar continuamente” se as formas são “adequadas para a realização da missão no tempo presente”.

“É muito fácil cristalizarmos em modelos organizativos que não tenham em conta as mudanças operadas na própria organização da sociedade ou no modo como os crentes se relacionam com a fé e com a Igreja”, alerta.

D. Virgílio Antunes apresenta diversos fatores que são o resultado de “uma nova situação da sociedade e produzem mudanças” às quais a Igreja “não pode ser alheia”, como “o urbanismo, a mobilidade, a migração, o prolongamento da idade da juventude e do período de formação académica, o adiamento da constituição de família, a menor estabilidade laboral”.

Na conclusão do documento, o responsável realça que todos precisam de “cuidar” de muitos aspetos já referidos pelo Magistério Pontifício e pelos documentos da Igreja local e não podem “descurar a dimensão organizativa devidamente entendida e enquadrada” e alerta que “muitos dos fracassos pastorais” devem-se, em parte, “à falta de organização, de método, de plano, a juntar à falta de ardor interior e à falta de espírito de serviço”.

“Vivamos este ano pastoral de forma mais sábia e mais santa”, deseja D. Virgílio Antunes que dedica o ano pastoral, que começa a 29 de setembro, à proteção da Virgem Santa Maria.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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