Coimbra, 17 set 2020 (Ecclesia) – A Diocese de Coimbra apresentou hoje o programa de comemoração e celebrações dos 700 anos do culto da Imaculada Conceição em Portugal, numa conferência de imprensa que decorreu na Sé Velha.
O vigário-geral e vice-presidente do Cabido da Diocese de Coimbra, cónego Pedro Carlos Lopes de Miranda, destacou na apresentação do programa geral das comemorações que o “núcleo vital” é a nota pastoral de D. Virgílio Antunes e a Eucaristia no dia 8 de dezembro.
“Celebração da fé, celebração da fé da Igreja nesta verdade que pelo Espírito Santo lhe é revelada da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria”, assinalou o sacerdote, acrescentando que o restante programa “tem por objetivo fazer saber os católicos portugueses” que têm uma “relação natural e muito íntima com a Virgem Santa Maria.
No dia 8 de dezembro há ainda um concerto, com a colaboração de vários coros da cidade de Coimbra, às 18h30, na antiga igreja do convento de São Francisco, e que, segundo o vigário-geral, “será seguramente histórico pelo reportório que se pensa executar”.
Os professores Filipe Albuquerque de Matos e António Rebelo, membros da Comissão Científica do Colóquio ‘700 anos do culto da Imaculada Conceição em Portugal’, apresentaram o evento que se vai realizar no dia 17 de outubro e é uma organização conjunta do Cabido da Diocese de Coimbra e do Centro Académica Democracia Cristã.
“Pretende divulgar e esclarecer todos os interessados, não apenas o meio académico, mas todos aqueles que se interessam do ponto de vista cultural pela parte religiosa, devocional à imaculada conceição mas também pela parte histórica, relacionada a nível da cidade de Coimbra com esta devoção e depois se propagou a todo o pais”, desenvolveu António Rebelo.
O colóquio tem lotação presencial, limitada mas sujeita a inscrição prévia gratuita – pelo email 700imaculada@gmail.com – e vai ser transmitido online pela Diocese de Coimbra.
Já o Museu Nacional de Machado de Castro vai apresentar a exposição ‘Imaculada’, que, segundo a sua diretora Ana Alcoforado, é um “percurso iconográfico” com “obras de diferentes épocas e tipologias”, da escultura à pintura, à ourivesaria, a literatura, “explicando de que forma se associam ao culto e explicando a sua iconografia”.
“Porque é que a Virgem é representada da forma que é representada ao longo dos séculos e de que forma responde não só a um percurso e a uma história que se vai construindo na Igreja mas também a um conjunto enorme de artistas que vão construindo o seu percurso em função deste dogma”, acrescentou.
O presidente da União de Freguesias de Coimbra, por sua vez, explicou que se juntam a esta celebração para comemorar a “história” da cidade e do país.
João Francisco Campos adiantou que pretendem inaugurar um monumento com uma estátua à Imaculada Conceição, do escultor Alves André, e “colocá-la num local onde as pessoas a possam venerar, onde possa haver um culto ao público”.
A sessão na Sé Velha de Coimbra começou com a intervenção do bispo diocesano, D. Virgílio Antunes, que apresentou a sua nota pastoral sobre a ‘celebração dos 700 anos do culto da Imaculada Conceição em Coimbra’.
CB/OC
Coimbra: Diocese vai assinalar 700 anos do culto da Imaculada Conceição em Portugal