Catequese: Diocese da Guarda vai apresentar documento com «orientações em tempos de pandemia»

Padre Valter Salcedas afirma que «estará ao alcance das comunidades atingir a concretização desse desafio»

Guarda, 17 set 2020 (Ecclesia) – O coordenador do Departamento da Catequese da Infância e da Adolescência da Guarda disse que as orientações para este setor, a apresentar no sábado, vão procurar “responder a especificidades próprias da diocese”, que “é marcadamente rural”.

“Essa ruralidade traz também alguns desafios próprios, especialmente no que aos espaços concerne, nem todas as comunidades têm disponibilidade desejável de espaços para que as normas que nos são propostas pelas entidades de saúde serem totalmente respeitadas”, explica o padre Valter Salcedas.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o sacerdote acrescenta que se “exige uma preparação mais cuidada e uma cooperação até com outras entidades, nomeadamente públicas”, como juntas de freguesia, associações, o que está “a ser concretizados em algumas paróquias da diocese” para que a comunidade “não se veja privada pelo facto de não possuir espaços da possibilidade de continuar a ter a catequese no seu seio”.

Em nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, a Diocese da Guarda informa que o seu bispo pretende o regresso das celebrações do sacramento da Confirmação, “em grupos mais pequenos, que não ultrapassem os 25 candidatos”, promovendo o regressso da catequese presencial nas comunidades.

D. Manuel Felício pede também, sobre o Crisma, que “distribuindo essas celebrações pelas diferentes Igrejas paroquiais ou outros espaços condignos, de tal maneira que, dentro das Igrejas ou mesmo fora delas, se respeitem as regras sanitárias”.

O Departamento da Catequese da Infância e da Adolescência da Guarda está a preparar o regresso à catequese presencial na diocese e vai apresentar o seu documento com “orientações em tempos de pandemia” aos párocos e catequistas coordenadores, entre as 10h00 e as 12h00, deste sábado, no seminário da Guarda.

“É um documento que se foca especialmente na questão do que é pedido aos catequistas, do que é pedido às próprias comunidades, no que diz respeito aos grupos, e no trabalho necessariamente a ser feito com as famílias”, acrescentou o padre Valter Salcedas.

O responsável adianta que a segunda parte do documento “é mais pragmática”, com orientações específicas sobre a “própria organização dos espaços, à própria duração da catequese” e assinala que têm de “ter consciência” que tudo “demora tempo a ser preparado e é preferível que as catequeses possam sofrer um atraso” mas sejam preparadas “com todo o cuidado e equidade”.

“Muitas comunidades começaram a fazer essa preparação, exige mais tempo do que aquele que estávamos habituados, exige um esforço de párocos, dos catequistas, de pessoas voluntárias para a organização dos próprios espaços e também das famílias e da própria comunidade”, explicou o coordenador do Departamento da Catequese da Infância e da Adolescência da Guarda.

“Será uma realidade que envolverá toda a gente mas que estará ao alcance das comunidades atingir a concretização desse desafio”, acrescentou.

O padre Valter Salcedas afirma que no momento da “retoma das catequeses presenciais” têm de ter “exatamente o mesmo cuidado, a mesma organização” que tiveram no regresso das Missas comunitárias, a 30 de maio, para que “possa ser um testemunho também para a sociedade civil” e as atividades da Igreja “decorram sem qualquer risco para ninguém”.

O ano pastoral 2020/2021 na diocese vai começar com o retiro dos sacerdotes, de 21 a 25 de setembro, no seminário da Guarda.

CB

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